2013/12/11

Nokia Normandy - uma contra-ofensiva ao Android?


Parece que os rumores que diziam que a Nokia estava a preparar um smartphone Android afinal tinham razão de existir - e o mais surpreendente é que se poderá vir mesmo a ter um Nokia com Android mesmo agora na sua nova era sob domínio da Microsoft. Fiquem a conhecer o Nokia Normandy.



A Nokia já percebeu que embora os modelos topo-de-gama recebam todas as atenções, o que realmente interessa é captar o mercado das centenas de milhões de pessoas que optam por modelos mais económicos - como já pode comprovar com os Lumia, onde o 520 se tornou no modelo mais vendido. Por isso, este Nokia Normandy (nome de código) é também um equipamento Android de baixo custo, que será mais equivalente à sua gama Asha do que aos seus Windows Phone mais potentes.

Mas o ponto que importa referir é que, à semelhança do que a Amazon fez, este Normandy dá uso ao Android como base, mas não se trata de um Android "oficial". Trata-se de uma versão que será modificada pela Nokia, e que terá certamente a sua própria app store e apps - embora o recurso a esta plataforma facilite o acesso aos milhões de apps Android que já existem. Mas ainda assim, não deixa de representar uma diversificação/fragmentação adicional, face aos Asha e aos Windows Phones. (Certamente faria mais sentido se esta plataforma viesse a substituir a dos Asha... mas não sei até que ponto a Nokia estará disposta a isso, considerando que os Asha estão muito bem conseguidos para smartphones daquela gama).

E claro, há também que ter em conta que isto está a ser feito ainda em época pré-Microsoft, pois quando a MS ficar oficialmente aos comandos dos equipamentos da Nokia... não é certo se pretenderá usar uma plataforma "rival" nos seus próprios produtos. Seja como for... não me parece que fosse uma má opção estratégica usar o trabalho dos "inimigos" em seu próprio benefício, pois poderia aproveitar-se de todas as melhorias e desenvolvimentos que têm sido feitos no Android Open Source Project com custo reduzido (ou nulo). Mas isso... será algo que irá depender bastante da visão que o próximo CEO da MS tiver para a companhia.

Sem comentários:

Enviar um comentário (problemas a comentar?)