A Apple apanhou o mercado de surpresa quando apresentou o seu A7 com arquitectura de 64 bits (uma manobra que certamente terá sido feita a nível estratégico de médio/longo prazo), mas isso fez com que houvesse mais pressão sobre os fabricantes, para que também eles se juntem à família dos 64 bits. A Qualcomm já se prepara para o fazer... mas não vai começar por onde muitos imaginariam que o fizesse.
Em vez de apostar num CPU topo de gama de 64 bits, a Qualcomm vai começar pelo extremo oposto. O seu Snapdragon 410 de 64 bits destina-se ao segmento de entrada de gama, de smartphones com preços até os $150 dólares. Mas mesmo assim, é uma resposta que apenas vai ter efeitos práticos para a segunda metade de 2014, pelo que não esperem ver Androids de 64 bits já no início do ano.
Ainda em segredo estão os planos quanto a CPUs de 64 bits para a gama média e para os topo-de-gama, mas isso também seria de esperar considerando que ainda recentemente ficamos a conhecer o novo Snapdragon 805 e seria mau negócio anunciar já um chip ainda superior ainda antes de aquele sair para a rua. De qualquer forma, não me parece que a Qualcomm se vá atrasar demasiado para estabilizar as suas novas gamas nos 64 bits, uma vez que já começam a surgir os primeiros Android com 3GB de RAM... e quando se começa a chegar aos 4GB (e ainda mais além), começa a ser necessário passar para os 64 bits para se poder tirar o máximo partido da memória disponível - tal como acontece nos computadores tradicionais de secretária e nos portáteis.
2014... o anos dos ecrãs de super-alta-resolução nos equipamentos móveis; do Ultra HD nos televisores; e dos 64 bits para nos fazer esquecer os equipamentos de 32 bits.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O motivo dos próximos topos de gama virem todos com 3GB e não com 4GB prende-se na minha opinião, apenas a motivos puramente estratégicos para movimentar terminais e justificar a compra do seguinte através da "inovação" e specs, e não propriamente com a limitação dos 32Bit do SO.
ResponderEliminarAté porque o 805 vem com LPAE de 36Bit que permite endereçar 64GB de RAM. E como o Kernel do Linux suporta LPAE há mais de 10 anos, não me parece que a limitação seja essa.
Depois parece-me que o atraso da serie 800 a 64Bit prende-se com o facto de falta de aplicações e optimização juntamente com o Adreno 420. Pois lançar o uma versão 64Bit com o mesmo GPU do anterior, sem aplicações e jogos que suportem nativamente os 64Bit, estes não vão fazer boa figura nos benchmarks face aos anteriores. Foi isso que se passou nos PCs e será certamente o que se irá passar nos terminais móveis.
Desta maneira "forçam" o mercado a adaptar-se aos 64Bit e quando este estiver capaz de dar um uso razoável a este tipo de sistema, lançam a joia da coroa.