A Razer já é conhecida por "inventar" algumas coisas engraçadas (como o seu portátil Razer Blade Pro com touchscreen/touchpad), e este Project Christine enquadra-se precisamente na mesma categoria, pretendendo facilitar a criação de um computador modular que qualquer pessoa poderá modificar.
Na verdade é fácil ficar entusiasmado e fascinado com a promessa deste Project Christine, de um computador modular de aspecto futurista onde podemos encaixar diferentes módulos: CPUs, GPUs, SSDs, etc. Mas depois da fase do fascínio inicial e quando começamos a olhar para a realidade as coisas mudam de figura...
É que um PC comum já é, na sua própria essência, modular. Escolhemos a motherboard, o CPU que desejamos, quanta memória, que discos/SSDs, que placa gráfica queremos (ou mais que uma), etc. etc. Sim, isso poderá significar ter que desapertas alguns parafusos e abrir uma caixa, e ter um mínimo de cuidado ao encaixar as coisas nos locais correctos - mas não é nada de assim tão difícil que se torne impossível de aprender em poucos minutos pesquisando na internet ou vendo uns vídeos no YouTube.
Pelo contrário, a comodidade deste Project Christine virá inevitavelmente associada a coisas como: ficar-se automaticamente preso aos módulos que a Razer disponibilizar; e - talvez ainda mais crítico - preço substancialmente acrescido de cada componente.
Bem sei que há um mercado para "gamers" ultra-high-end que não se importam de investir milhares de euros para ter o melhor hardware disponível... Mas mesmo para essas pessoas, interrogo-me quantas estarão disponíveis para pagar extra por algo como isto que a Razer está a propor.
Interessante? Sim. Realisticamente justificável? Penso que não.
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