2014/02/18
Baterias revolucionárias com 10x mais capacidade inspiradas em... romãs
Por muitos avanços que se tenham feito nos últimos anos (e se continuam a fazer) as baterias continuam a ser um autêntico calcanhar de Aquiles que continuamente nos limita a uma existência sempre próximo de uma tomada de energia ou extensor de bateria portátil. Mas... e se as baterias subitamente passassem a ter dez vezes mais capacidade de carga? É isso que uns investigadores parecem ter conseguido graças a uma fonte de inspiração incomum.
Ao longo das décadas já fomos passando por diferentes tecnologias de baterias recarregáveis, e onde mais recentemente tivemos as de NiCd que depois deram lugar às que actualmente lideram o mercado: as baterias de iões de lítio. Mas há materiais que permitem acumular ainda mais energia, como é o caso do nosso conhecido silício, capaz de armazenar dez vezes mais energia que as baterias de iões de lítio.
O problema é que os ciclos de carga e descarga são bastante violentos para a estrutura química de uma bateria, e no caso do silício faz com que se fracture (para além de também reagir com os electrólitos da bateria). Mas os cientistas arranjaram uma solução que lhes chegou da Natureza, mais concretamente das romãs.
Os cientistas criaram pequenos núcleos de silício que ficam envolvidos por pequenos casulos de carbono que permitem a sua expansão sem deixar que o silício entre em contacto com os outros elementos; numa estrutura celular idêntica às das sementes nas romãs.
Embora ainda existam desafios pela frente, há um aspecto que esta tecnologia parece já ter superado: mesmo após 1000 ciclos de carga e descarga, estas baterias mantêm 97% da capacidade de carga - algo em que muitas tecnologias que visam revolucionar as baterias têm falhado.
Já imaginaram o que seria as nossas baterias subitamente passarem a durar dez vezes mais? Um smartphone facilmente aguentaria uma semana; um automóvel eléctrico que actualmente apenas pode circular 100Km passaria a poder fazer 1000Km... seria uma verdadeira nova revolução eléctrica (que há muito esperamos que aconteça!)
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Eu sou crente que se vai chegar lá... Acho que esta novidade aliada à descoberta recente da jovem cientista Eesha Khare, que inventou o capacitor de baterias, poderá fazer maravilhas em 1001 aplicações do nosso quotidiano, principalmente nos Smartphones, claro está. :)
ResponderEliminarToda a tecnologia evoluiu a um ritmo estonteante desde ecrãs HD 4K, ecrãs curvos, smartphones com GPS, Wifi, NFC, bluetooth, acelerómetro, câmaras com megapixels que nunca mais acaba e que lá no meio destas funcionalidades até dá para fazer chamadas; mas um utilizador tem que ser poupadinho e ter estes sensores todos desligados se não quer depender de uma tomada de 2 em 2h. Isto tudo para chegar ao ponto a que as baterias não conseguiram acompanhar esta evolução...e com um bottleneck tão grave que são as baterias, o foco deveria incidir muito mais sobre esta área....tantas soluções novas que encontram mas o que é certo é que até agora não temos nada e cheira-me que nem daqui a meia dúzia de anos... (Era bem feita que eu estivesse enganado...)
ResponderEliminarSerá que é desta??
ResponderEliminarJá agora, um baterias com 10x mais carga não vão dar lugar (digo eu) a dispositivos com 10x mais carga isto porque o foco vai ser também a redução de peso/tamanho. Num automóvel por exemplo será mais útil ter metade das baterias actuais. Assim poupa-se no peso e no espaço. É que temos de lembrar que carregar baterias é complicado e não é só a tecnologia das baterias. Um Nissan leaf tem baterias com 24 kWh. Nem carregador rápido demora 30m 80%. Para uma bateria de 240kWh seria preciso quanto tempo? Não faço ideia qual a potência máxima dos carregadores.
ResponderEliminarBem na verdade as baterias ficaram para trás relativamente a outras tecnologias. Mas no entanto esse facto não está despercebido de todos. A Nokia já lançou um telemóvel em que a duração da bateria supostamente dura 20 dias.
ResponderEliminarhttp://www.ionline.pt/artigos/tecnologia/nokia-lanca-telemovel-bateria-dura-20-dias
Bem, para isso também temos aquele telemóvel com autonomia para 15 anos.
EliminarSó que são coisas que não são conseguidas graças à evolução das baterias mas sim à custa da redução da energia que é gasta... :)