2014/03/03

Os portáteis: as frustrações e indecisões

O nosso Luis Costa é fã dos tablets para tudo e mais alguma coisa, mas há coisas para as quais ainda não consegue evitar recorrer a um portátil. Isso levou-o a recordar as suas aventuras e desventuras com estes computadores que na última década superaram os computadores "caixotes", e certamente que se reverão nalgumas destas situações.

Tenho há longos anos uma relação de amor/ódio com os portáteis. Tudo começou nos já longínquos finais dos anos 90 com um Compaq 1600 que passados poucos meses da compra, troquei por um Toshiba Tecra 8100 (no meio de um pinhal em Leiria - mas isso é história para outra altura!) em segunda mão por uns fantásticos 400 contos (2000€).



Fruto de me terem sido atribuídas novas funções (passando a ser o "tipo da informática lá do sítio"), acabei por ceder à realidade, e acabei por vender o Tecra. Só voltei a comprar um portátil por volta de 2003. Uma máquina de guerra: o Compaq Evo N800V (que na altura me custou uns nada leves 500 contos / €2500 :O ) que ainda hoje em dia funciona (24h/dia) tendo recebido algumas actualizações (CPU, memória e disco). Claro está que de portátil tem pouco, fazendo serviço de PC de secretária. Depois deste Evo, acabei por desistir de portátil, mais uma vez por não o conseguir justificar.

Só bastante mais tarde, e fruto de uma novidade que captou a atenção de muitos dos que lêem este blog, resolvi aderir aos netbooks. O programa de reembolso do IRS e os descontos em talão ajudaram, e os valores foram bastante mais em conta (não tinham nada a ver com as anteriores aquisições). Não comprei o Eee PC, muito devido à falta de unidades para aquisição. A escolha acabou por recair num simpático HP Mini 1000 que entretanto acabei por vender. Um ecrã WXGA, chipset Nvidia ION, algum overclock e mais autonomia, fizeram-me comprar um Compaq 311C, que ainda está para as curvas, desde que não se abram muitas janelas no browser, ou não se tente instalar e correr o Eclipse.

Foi esta limitação que me fez adquirir uma máquina mais potente. Aproveitando um dia de descontos numa grande superfície, resolvi gastar mais uns cobres. Indeciso entre um interessante Mac Air e um Portátil "normal", acabei por escolher um Samsung série 3 (demorei tanto tempo decidir, que os Air esgotaram) mas que também não durou muito tempo nas minhas mãos. Mal tinha tempo para lhe mexer, pelo que acabei por o vender. Fiquei com o 311c, instalei um SSD e deixei o Eclipse em banho maria.

Os ultrabooks começaram a aparecer, mas os seus preços proibitivos têm-me mantido afastado. Os Mac cada vez me convencem menos, pelo que acabei por tentar resolver os meus problemas de mobilidade com um Nexus 10, mas não tive o sucesso que esperava. O Android ainda não consegue responder a todas as minhas necessidades de trabalho (blogger principalmente), o Ubuntu Touch tarda a chegar ao mercado (pena o projecto do Ubuntu Edge não ter tido sucesso...) pelo que continuo à procura de uma solução com elevada mobilidade, boa performance e custo "aceitável".

Por tudo isto, embora muito gostasse de poder dizer que já conseguiria viver sem um computador tradicional e tratar de tudo num tablet Android... ainda não estamos nesse ponto. Vamos lá ver se no próximo ano as coisas já estarão melhores para quem tem o mesmo tipo de necessidades informáticas do que eu.

[por Luis Costa]

7 comentários:

  1. Respostas
    1. Eu pelo menos falo por mim, mas usar o Windows 8.1 em tablet faz-me demasiado dependente do modo desktop, porque o Metro é bastante limitado em termos de apps e funcionalidade do que o Android.

      Eliminar
    2. O T100 parece-me um equipamento muito interessante, mas vai-lhe faltar algum power para ter várias tabs abertas ao mesmo tempo, mas o Carlos nos dirá em breve como é que ele se porta.

      Eliminar
    3. Eu tenho um e estou rendido, portabilidade, bateria e funcionalidade é excelente, tem o problema mais que conhecido de falta de APPS, principalmente as da google para quem esta habituado a elas no android e tb no ios, mas já se consegue usar outras equivalentes muito boas também.
      Tabs no chrome costumo usar aos 10 e as vezes 15, mas obviamente que a performance cai, mas nada de muito grave, da para usar perfeitamente.

      Eliminar
  2. É precisamente por causa disso que eu estou ansioso que o Ubuntu termine a transição para o Unity 8. Assim usa-se o mesmo sistema operativo Linux no Smartphone, Tablet e PC. Infelizmente, só deve ficar realmente pronto em Abril de 2016, quando sair o Ubuntu 16.04 LTS (com 5 anos de suporte). Até lá, a transição vai começar com o Ubuntu 14.10, que apenas tem 9 meses de suporte, e não deve estar completo, enquanto substituto vertical absoluto, digamos assim.

    ResponderEliminar
  3. Mais um a espera da review do T100 ;)

    ResponderEliminar