Quando se fala de automóveis eléctricos, invariavelmente se chega a um ponto em que os detractores deste tipo de tecnologia referem que se gastam combustíveis fósseis para produzir electricidade, e que se todos mudássemos para este tipo de veículos seria necessário continuar a poluir o ambiente. O que se esquecem de referir, é que a própria produção dos combustíveis gasta tremendas quantidades de electricidade.
Os dados que são apresentados no seguinte vídeo vêm de dados estatísticos oficiais das Nações Unidas, e revelam que as refinarias de petróleo são tão gastadoras que habitualmente necessitam de uma ligação directa da central de produção de energia mais próxima.
No Reino Unido, em 2005, o consumo de electricidade das refinarias ascendeu a 5600gWh, sendo superior ao de múltiplas cidades, e fazendo com que a produção de 1 galão de gasolina (3.78 litros) tenha um consumo estimado de 4.5kWh. Ou seja, gasta-se mais de 1kWh para produzir um único litro de gasolina... o que dá que pensar, se tivermos em consideração que com 1kWh num veículo eléctrico também se percorrem muitos quilómetros.
Talvez a melhor forma de resumir tudo isto seja aquilo que Elon Musk, fundador da Tesla (e não só) diz:
Haveria electricidade mais que suficiente para recarregar os automóveis eléctricos, se se parasse de refinar petróleo.
Dá que pensar...
temos que mudar isso!
ResponderEliminarsermos mais eficientes!
As vezes fico babado como é que o nosso planeta consegue aguentar tanto abuso...tanto de poluição como de extrair minerios e produçao de comida, plasticos borrachas é muito mesmo...só o que um aviao gasta é de ficar tonto quanto mais os milhares de voos e milhoes de carros a circular é mesmo incrível!
ResponderEliminarPor isso é que não basta apenas apostar automóveis elétricos sem apostar também nas energias renováveis. Em Portugal podíamos ser auto suficientes e exportar eletricidade sem uma gota de petróleo
ResponderEliminarUma outro aspecto curioso é o facto da destilação do petróleo também gerar grandes quantidades de hidrogénio, que dá uma nova perspectiva à origem da ideia que os carros a hidrogénio é que iriam ser o futuro (ideia já com uns 20 anos)... mas assim aparentemente sem mudar muita coisa os mesmos grandes Srs do petróleo, podiam continuar no negócio de vender liquido para os carros andarem...
ResponderEliminarE as nossas casas (construção e operação)? E os aparelhos electrónicos (fabricação e utilização)? E a nossa comida (adubos e produção)? Pois... a energia que consumimos e que alimenta o nosso estilo de vida vem (quase) toda do petróleo...
ResponderEliminarPor isso, acho que este artigo é um pouco 'sensacionalista', já que tudo pode ser relativizado em termos energéticos, já que tudo o que consumimos tem um aporte energético que não pode ser desprezado.
Para por em perspectiva, nos últimos anos, as refinarias portuguesas investiram imenso na eficiência energética e, como tal, são produtoras de energia eléctrica (coogeração). Isto não quer dizer que não consumam electricidade - e outra 'energia' - para produzir refinados do petróleo, mas que são capazes de produzir excedentes energéticos e injectá-los na rede eléctrica.
Ter energia 100% limpa não é assim tão simples, a começar pela maneira como a consumimos: os aerogeradores, por exemplo, não tem um fluxo constante, como uma barragem ou um central termoeléctrica, nem se pode armazenar o excedente de energia - fala-se em bombear água para reservatórios no cimo das montanhas, ou outras cargas, para criar uma diferença de potencial que pode ser aproveitada mais tarde, quando for precisa. Logo, a energia da rede eléctrica tem de ser balanceada com outras fontes menos, ou nada, "verdes".
Fala-se muito dos lobbies do petróleo (que existem) mas também é preciso perceber que passar da ciência para tecnologia (engenharia) não é simples e requer tempo e investimentos avultados. Isto sem entrar pelas considerações da termodinâmica...
Na minha opinião, estamos a entrar numa fase crítica em que, ou mudamos do paradigma do petróleo para outro mais sustentável (fusão nuclear?), ou simplesmente a população mundial vai (ter de) diminuir drasticamente (fome, guerra, doença, ...), já que não será possível alimentar toda a gente sem petróleo, ou com petróleo racionado.