Parece que a tecnologia mobile está a dificultar a vida aos empregados das lojas. Segundo os resultados de um estudo da Deloitte, a maioria das pessoas prefere optar pelos seus smartphones e sistemas de atendimento e informação automatizados do que recorrer aos assistentes humanos.
Tempos houve em que a ida a uma loja implicava obrigatoriamente uma experiência social de interacção com os funcionários da mesma. Hoje em dia são cada vez mais os casos em que isso não é necessário. Um comprador pode pegar no seu smartphone e pesquisar pelos preços (da loja e de lojas concorrentes), aceder a mais informação (incluindo potenciais reclamações de outros compradores), verificar se há em stock ou não, e até fazer o pagamento digitalmente.
Segundo a Deloitte, entre 47 e 59% dos clientes preferem recorrer ao seu smartphone para fazerem estas operações do que recorrer a um funcionário (preferido apenas por 17-20% das pessoas, e ficando atrás também de quem prefere recorrer a sistemas automáticos disponíveis nas lojas: 24-33%).
Não deixa de ser caricato que numa altura em que temos redes sociais como o Facebook a ligar "mil milhões de pessoas" em todo o mundo; a tecnologia também nos faça ser cada vez menos sociais no dia a dia.
O que pensam que poderá estar por trás desta "fuga" ao contacto com as pessoas nas lojas: será que é por motivos de eficiência (ser mais rápido a tratar do pagamento, por exemplo); para ter acesso a informação mais fidedigna (um funcionário dificilmente irá dizer que o produto X sofre de um defeito que faz com que milhares de pessoas reclamem do produto na internet); ou por qualquer outro motivo?
Eu não quero acreditar, mas o meu próprio contributo encaminha-se para lá... Vejamos:
ResponderEliminarTenho preferência de comprar em lojas físicas, o certo é que compro quase tudo pela net(excepto alimentação).
Gosto de ir em lojas e encontrar funcionários disponíveis para atendimento ao cliente, mas de facto prescindo que me venham "vender" e chatear como acontece em algumas, nomeadamente lojas de roupa/calçado.
Não me agradam as caixas automáticas dos Hipermercados, mas também é verdade que "desespero" na fila de algumas superfícies, daí dar um desconto à ideia.
A mesma coisa se aplica ás portagens automáticas e aos Hipermecados Drive(onde se compra antecipadamente e se recolhe ao estilo do MacDrive).
Na experimentação em si de qualquer compra prefiro claramente colocar as mãos na coisa, mas nada paga a experiência de compra e análise possível através de uma ligação à net.
Como diz o estudo e concordo, também sou daqueles que procura as mais variada informação seja do que for na net e não junto de funcionários e acredito piamente que é muito mais "verdadeira", contribuindo ao mesmo tempo para a nossa própria argumentação fundamentada sobre algo.
Relativamente à utilização de app´s em tempo real no acto da compra como factor de decisão não me apanham... Prefiro sempre um estudo atempado e ponderado em casa e acho que para as compras diárias e banais se torna apenas uma perda de tempo e virtualização desnecessária, uma vez que sei antecipadamente o valor/apreciação/preço esperado...
Em suma considero-me um meio-termo no que concerne à implementação de tecnologias/app´s na experiência de compra "física" ou no local.
Continuará a irritar-me aqueles(as) melgas que não despegam de nós em muitas das lojas ou simplesmente a falta de características na descrição de um produto, como também continuarei sem perceber aqueles que ligam para "casa" a perguntar se preferem 250 ou 275 gramas de fiambre como já vi diversas vezes!!, ou então sentir-me incapaz de efectuar as compras "semanais" sem um Smartphone como guia!... :)
Só falta inventarem "Cortana´s, Siri´s e Google Now´s" com orientações vocais de compras!... Heheeh
Como em tudo há prós e contras e eu espero sinceramente que a socialização física entre pessoas não se degrade mais do que já está... Infelizmente acho que em 10 anos estaremos bem piores e não por causa exclusiva de Facebook´s/Smartphones e afins... :\