2014/06/22

A guerra do YouTube com as editoras independentes

Muito se tem falado sobre o recente caso do YouTube e das editoras de música independentes, que se estão a queixar que o Google lhes vai retirar os vídeos caso não aceitem as novas condições do seu serviço de música que está prestes a ser lançado. Mas como é habitual nestes casos... as coisas nem sempre são como os "queixosos" argumentam... ou pelo menos, não mostra a totalidade daquilo que se passa.

A guerra das royalties é sempre a mesma coisa, quer se aplique ao YouTube como ao Pandora, Spotify, etc. Já sabemos que as editoras acham sempre que estão a ser mal pagas, e já não é a primeira vez que um serviço tem que encerrar por não poder pagar o que lhes exigiam. É um equilíbrio difícil de manter... e que agora volta a dar que falar neste caso do YouTube.

Só que a coisa adquire uma nova perspectiva quando olhamos para as coisas como são actualmente, e como o Google quer que venham a ser. Ponto um: qualquer pessoa, artista, ou editora pode colocar um vídeo no YouTube; isso é algo que sempre foi possível, e continuará a ser. Só que... obviamente que as editoras querem receber dinheiro por isso; e para isso têm que aderir ao "partner program" e passam a receber uma percentagem sobre a publicidade que é apresentada quando alguém vê/ouve os seus vídeos. Isso é o que se passa actualmente.

Mas o Google está a preparar um serviço de assinatura de música, onde irá pagar "melhor" por cada música que for ouvida (tal como o Spotify paga mais a um artista quando um cliente pagante ouve essa música; do que quando é alguém que ouve gratuitamente, com um pouco de publicidade). Com as novas condições do serviço, um parceiro que queira ganhar dinheiro com os seus vídeos de música ficará também automaticamente adicionado ao novo serviço. E isto representa uma única coisa: se anteriormente apenas ganhavam o dinheiro da publicidade e estavam "satisfeitos"; agora passam a poder receber mais, caso alguém ouça as suas músicas "a pagar".

A "polémica" surge quando o Google diz que, para quem não aceitar as novas condições, deixará de poder fazer parte do serviço de parceiros, pelo que deixarão de ter os seus vídeos no YouTube nesse modo - mas estando livres para os poderem lá colocar como qualquer outra pessoa... mas sem ganhar dinheiro com isso, que é a parte "chata" que não lhes agrada.

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