2014/07/01
Google e marcas automóveis com diferentes visões para automóveis sem condutor
Todos sentimos diariamente na pele a rápida evolução que o mercado tem tido. De ano para ano os smartphones praticamente duplicam as suas potencialidades; e assim que se compra um tablet ou outro dispositivo, é certo que numa questão de meses algo melhor chegará ao mesmo preço. Agora, os fabricantes automóveis parecem pouco dispostos a querer adoptar tal ritmo no seu sector... como o que tem sido aplicado pelo Google no seu automóvel sem condutor (e numa das suas mais recentes versões, até sem volante nem pedais).
Nos telemóveis, é normal que de ano para ano tudo possa mudar; nos automóveis, por vezes passam-se décadas antes que um qualquer modelo sofra uma actualização completa. São filosofias distintas que parecem estar a complicar as negociações entre Google e fabricantes de automóveis.
Numa das reuniões foi descrito como se os lados opostos da mesa estivessem em universos completamente diferentes, com divergências em todos os pontos apresentados. Aparentemente, o Google está empenhado em tornar a sua visão de um mundo com carros autónomos realidade o mais depressa possível; pelo lado dos fabricantes, a coisa pretende ser feita de forma muito mais lenta e gradual, adicionando capacidades cada vez mais avançadas de forma faseada.
Há que tem em conta que ter um carro na estrada é algo bastante diferente de um smartphone no bolso. Se o nosso smartphone crashar e fizer um reboot, é algo que já todos aceitam como sendo natural; se o nosso automóvel decidir fazer o mesmo... bem... as consequências serão bastante mais graves. É por isso um receio natural que a indústria pretenda fazer as coisas como tem feito... "devagarinho" (sendo que mesmo assim não faltam casos de gigantescos "bugs" na indústria automóvel - alguns obrigando à recolha de milhares de veículos; outros muitas vezes "remendados" sem que nada seja dito, quando se leva o carro à revisão.)
Claro que do lado da indústria automóvel, há também o interesse de adiar os automóveis sem condutor pelo máximo de tempo possível. Um mundo repleto de carros autónomos que funcionassem como táxis "perfeitos" significaria um decréscimo brutal no número de veículos necessários - e isso por si só deve ser um cenário assustador para os fabricantes. Mas... como em todas as eras; a evolução pouco se importa com aqueles que ficam parados no tempo (imagino que numa qualquer época, um qualquer fabricante de coches terá achado ridículo alguém vir a preferir um barulhento e fumarento automóvel a uma carruagem puxada por cavalos - e... veja-se quantos deles sobreviverão hoje em dia.)
Estará o Google a querer colocar "o carro à frente dos bois", ou será que são os fabricantes automóveis que estão demasiado presos ao passado e renitentes em abraçar uma nova era? Já temos tido exemplos de empresas que dominam o mercado e ridicularizam a possibilidade de um recém-chegado lhes querer vir ensinar algo... (veja-se o que sucedeu à Nokia e o iPhone). Será que algo idêntico poderá vir a acontecer com a indústria automóvel?
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Hoje em dia já existem muitos automóveis a pararem na estrada por causa de avarias eletrónicas e até por causa de erros no computador de bordo, automóveis esses considerados topo de gama.
ResponderEliminarQuanto mais cedo vierem os automóveis mais inteligentes que os condutores melhores, existem demasiados idiotas ao volante!
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