2014/08/14
Competição de navegação na web
Um concurso de navegação na web poderá parecer completamente ridículo nos dias que correm. Afinal, em que consistiria? Em quem fosse mais rápido a escrever na caixa de pesquisa do Google? Mas aplicando-se algumas limitações, a coisa torna-se bem mais interessante...
Ora imaginem que vos pediam para navegar do site da Amazon até ao Pirate Bay... usando apenas um rato com um único botão, sem teclado, sem pesquisa e sem acesso à caixa do URL. Subitamente a coisa passa a ter contornos de um desafio digno de nos fazer perder algum tempo - e também dar maior importância e valor à forma como os sites estão construídos.
Um qualquer site porque passem diariamente pode rapidamente tornar-se num beco sem saída, sem qualquer link para outro sistes; outro poderá revelar que afinal não tem uma navegação estruturada que vos permite chegar ao que desejam sem recorrer à pesquisa (que se torna inacessível pela falta de teclado): etc. etc.
É então tempo de recorrer às "tácticas"... que no caso da equipa vencedora desta competição passava por tentar chegar o mais rapidamente possível à página do Twitter, processo facilitado pelo facto da maioria dos sites ter links para a sua presença nas redes sociais, e daí ir navegando pela lista de utilizadores por ordem alfabética (uma funcionalidade que poucos conhecerão por ser pouco eficiente face a uma simples pesquisa), uma vez que praticamente todos os sites têm perfil criado no Twitter com um link a redireccionar para a sua página. É um processo moroso, mas eficaz para quem não tem outro recurso para chegar onde deseja.
O que é certo é que este este tipo de competição se pode tornar num passatempo interessante, e que nos obriga a olhar para a web actual com outros olhos. Muitas vezes, mesmo sem estas limitações auto-impostas se nota a falta de links para o que desejávamos: por exemplo, o Google+ parece ignorar que alguém pudesse querer enviar algo para o Twitter ou Facebook (ou até para um email: coisa que podem fazer manualmente, embora não seja "explícito"); o Facebook e Twitter idem. Com estas limitações, a "teia" a que chamamos web torna-se ainda mais aparente, revelando que não é homogénea e que existem muitas lacunas que dificultam chegar do ponto A ao ponto B.
Curiosamente, a melhor forma para o fazer acabar por ser recorrer a um serviço que replica a funcionalidade dos velhos serviços de apontadores que dominavam a web antes da chegada dos motores de busca como os conhecemos hoje.
... Ide treinando, um dia destes fazemos um destes desafios durante um dos nossos meetings mensais! :)
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