Google anda a testar apps lado-a-lado no Android

Por muito simples que comecem as coisas, inevitavelmente vão-se adicionando funcionalidades que tornam os produtos cada vez mais complexos, e a grande questão é fazê-lo de forma a que essa complexidade continue a ser útil e facilmente acessível para os utilizadores. No caso do Android o Google anda a explorar a implementação de sistemas multi-janela para correr apps lado a lado.


Com smartphones e tablets a terem actualmente hardware que é superior ao de alguns computadores de secretária, não há impeditivos técnicos para que o Android não possa fazer muito mais do que faz actualmente. E uma das coisas que mais pessoas poderão sentir falta é da capacidade de correr apps em janela ou lado a lado, facilitando o multitasking ou a transferência de dados de uma para a outra.

Vários fabricantes têm implementado as suas próprias soluções nos seus Android modificados (como a Samsung, LG, etc.) e que nos dão a possibilidade de correr apps lado a lado ou em janelas flutuantes (e até com transparência variável); mas o que todos aguardam é pela implementação oficial desta funcionalidade feita pelo Google. E eles andam a explorar várias possibilidades... sendo que nesta fase o sistema parece ser bastante parecido como o que a Microsoft encontrou para o "Metro" do Windows.

Nestes testes, aceder à lista de apps recentes permitiria arrastar uma dessas apps para um dos lados do ecrã, fazendo com que a app passasse a ocupar metade do ecrã e permitindo que o utilizador usasse o resto do ecrã para continuar a usar o Android (incluindo abrir outras apps). Também seria possível arrastar o separador de modo a alterar o espaço atribuído a cada app, por exemplo dando mais espaço para ver um vídeo no YouTube enquanto ao lado colocamos apenas uma pequena coluna para ver as actualizações no Twitter.


Embora neste momento o Android ainda não possa ambicionar competir com um sistema operativo "de secretária", interrogo-me se com toda esta evolução, o Android daqui por mais cinco ou seis anos, não se arriscará a tornar num sistema que em nada fica atrás dos sistemas operativos tradicionais.