Como a NASA gravou a última partida da Lua

A missão Apollo 17 marcou a última presença do Homem na Lua, e as imagens da sua partida de regresso à Terra tornaram-se mundialmente conhecidas. Mas afinal... como é que a NASA gravou estas imagens?

Nesta sequência vemos um vídeo onde a câmara faz zoom-out e depois segue o módulo lunar enquanto este se eleva em direcção ao espaço, onde se encontraria com o módulo de comando para o regresso à Terra.

Obviamente, não se trata de nenhum cameraman que a NASA deixou ficar para trás na Lua (nem tão pouco de uma gravação filmada num estúdio, como diriam alguns fãs das teorias da conspiração). Estas imagens foram simplesmente gravadas por uma câmara de vídeo montada no rover lunar e que podia ser operada remotamente.

Inicialmente, a ideia era a de que a câmara fosse controlada remotamente pelos operadores na Terra, mas os segundos de atraso devidos à distância impediam que esse controlo tivesse a precisão suficiente para acompanhar o lançamento do módulo, pelo que a solução foi ter a sequência pré-programada, sendo apenas dado a ordem de início a partir da Terra.

Mas como se sabe... nem sempre as coisas correm bem. Na missão Apollo 15 o sistema não funcionou, deixando a câmara sempre apontada para o horizonte. Na missão Apollo 16 os astronautas deixaram o rover lunar demasiado perto do módulo, fazendo com que o movimento pré-programado não apanhasse o enquadramento planeado, com o módulo a desaparecer antes do previsto. Só na missão Apollo 17 (a última a ir à Lua) é que finalmente tudo bateu certo... e registaram-se estas icónicas imagens da nossa despedida.