2015/01/17

A escala da temperatura: do zero absoluto ao mais quente possível


Todos nós temos noção do que é "frio" ou "quente", mas os mais curiosos já se terão interrogado sobre até onde é que as coisas podem arrefecer ou aquecer, e é precisamente sobre isso que vamos falar hoje.

Todos sabemos que quando a temperatura desce abaixo de 0ºC a água congela, e que temos locais no planeta onde se atingem temperaturas de dezenas de graus negativos (brrrr!!!); mas... se e se continuássemos a arrefecer algo, mais e mais e mais? Eventualmente chegaríamos a um limite, que neste caso é um valor relativamente conhecido graças à popularidade do azoto líquido e das muitas experiências de "congelamento instantâneo".

No caso da temperatura mais baixa (e embora o azoto líquido tenha uma temperatura na ordem dos -200ºC), o limite conhecido como o "zero absoluto" é de -273.15C, e os nossos cientistas já lá conseguiram andar por muito perto, com uma temperatura apenas meio bilionésimo de grau acima desse valor.

Do lado oposto... as coisas ficam mais quentes - bem mais quentes. Esqueçam os 100ºC que fazem ferver a água, os 5500ºC da superfície do Sol, os 15 milhões de graus no núcleo do sol, ou até os 5.5 triliões de graus que marcam a mais quente temperatura alguma vez gerada pelo Homem (no LHC no CERN). No que diz respeito a temperaturas verdadeiramente quentes, o limite máximo é conhecido como Temperatura de Planck, e é algo como 1.42... seguido por 31 zeros! Será a temperatura que se tinha no instante do Big Bang.

Não menos curioso, é o facto de que o organismo vivo que consegue resistir à mais baixa temperatura (-273ºC) é também o que consegue resistir à mais elevada temperatura (151ºC). Sim, são os simpáticos e hiper-resistentes tardígrados.


Segue-se o infográfico, com a versão em tamanho original disponível aqui (pois o Blogger tem a mania de redimensionar as imagens, mesmo quando não se quer.)



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