A Apple já revelou os resultados do primeiro trimestre de 2015, confirmando que os iPhones continuam a ser um produto altamente apetecível... mas quanto aos iPads, a coisa parece estar mais complicada.
Embora não tenha batido o recorde do melhor trimestre, os primeiros três meses de 2015 foram bastante positivos para a Apple, vendendo 61.1 milhões de iPhones com receitas de 40.3 mil milhões de dólares (o segundo melhor trimestre de sempre em vendas de iPhones e receitas - o melhor foi de 74.5 milhões de unidades e 51.2 mil milhões de dólares).
Sem surpresas, muitos destes milhões de iPhone foram vendidos na China, onde a Apple registou um crescimento de 71% face ao mesmo trimestre de 2014, e que parece demonstrar aquilo que muitas pessoas pensavam (eu incluído) de que a Apple teria que rever a sua política de preços para cativar o mercado chinês. Afinal, parece que os chineses não estão muito incomodados com os preços elevados dos iPhones, e a sua opção recai sobre os iPhone 6 e 6 Plus e não pelo "económico" 5C.
Mais complicada está a vida do iPad, que vendeu apenas 12.6 milhões de unidades, colocando as suas receitas abaixo das dos Macs, que com 4.5 milhões de unidades resultaram em $5.6 mil milhões face aos $5.4 mil milhões dos iPads. Um resultado que é visto por uns como sendo um "falhanço" na proposta dos tablets se tornarem nos novos "PCs"... mas que também pode ser facilmente explicado pelo facto dos tablets terem um ciclo de trocas bem menos frequente que os smartphones (e a maioria das pessoas optará por fazer upgrade ao smartphone e ir mantendo o tablet... até que seja "obrigatório" trocá-lo).
O que não deixa qualquer dúvida é que o mercado Chinês já superou o Europeu, tornando-se no segundo mais importante para a Apple, e pela evolução que tem tido, não deverá demorar muito mais a que supere também o próprio mercado Americano e passe para a primeira posição. Curiosamente, o Japão foi a única das regiões onde a Apple não melhorou os resultados face ao ano anterior.
Se por um lado há que ficar impressionado com os resultados "bilionários" que a Apple continua a ter; por outro lado fico um pouco desapontado por o mercado não ter dado à Apple a tal indicação de que estaria na altura de começarem a rever a sua política de preços. Mas... veremos o que o futuro dirá.
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