2015/04/19

Os robots assassinos do futuro já nasceram?


Actualmente podemos olhar com algum desapontamento para o estado dos robots actuais, desajeitados na sua tentativa de replicar a graciosidade que pessoas e animais têm ao se movimentar. Mas há quem queira chamar a atenção que estas máquinas desajeitadas são o primeiro passo para se criarem os robots assassinos que se vêem nos filmes de ficção.

Para uns, tentar comparar os robots humanóides actuais com as temíveis versões que vemos em filmes, será algo recebido com uma gargalhada. Mas haverá também quem tenha consciência de que em muitas situações já temos robots a matar pessoas; a única diferença é que não têm braços nem pernas, tratando-se de drones voadores controlados remotamente por operadores humanos.

Num caso ou noutro temos a situação de que um robot, qualquer que seja o seu aspecto, é apenas uma ferramenta - que como qualquer outra, poderá ser usada para fins "bons" ou "maus". E também importa referir que já hoje, assim como desde tempos imemoriais, em qualquer guerra, a superioridade tecnológica traz inegáveis vantagens sobre o inimigo - embora nem sempre isso seja garantia de uma vitória "clara", como revelam conflitos como o do Vietname ou até mais recente a guerra do Iraque.

É por isso natural que surjam preocupações quando vemos a evolução que estes robots humanóides têm tido, e todos os projectos que lhes tentam dar a capacidade de pensar autonomamente. Talvez um dia as guerras se possam limitar a batalhas mecânicas de robots em arenas, dispensando a morte de pessoas de carne e osso (e certamente transformadas em eventos mediáticos)... mas até lá, vamos ter que conviver com a esperança de que todos os desenvolvimentos sejam feitos para o bem; e esperar que os receios do contrário sejam infundados.


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