2015/05/31

Projecto Loon ganha lançador automático e rede mesh entre balões


O Projecto Loon poderia parecer um projecto lunático do Google - o de levar a internet a todo o mundo usando balões - mas tem vindo a resolver muitos problemas, fazendo com que a sua viabilidade comercial esteja cada vez mais próxima.

Para um projecto que dependerá de uma imensa rede de balões a circular o globo, um dos primeiros problemas passava por garantir que seria possível lança-los. Tradicionalmente, o processo de um balão deste tipo é uma coisa demorada, ocupando uma meia dúzia de pessoas durante quase uma hora, e só podendo ser feito quase sem vento. Algo que agora foi completamente repensado com um lançador automático desenvolvido pela equipa do Project Loon.

Com este lançador, bastam quatro pessoas para lançarem um balão, fazendo-o em apenas 15 minutos e com vento a soprar a velocidades bastante superiores às que um lançamento normal permitiria. Um sistema que torna viável a intenção de se lançarem centenas de balões para cobrir regiões geográficas alargadas.


O segundo melhoramento que foi feito é ao nível das comunicações. Até ao momento, os balões de teste do Loon dependiam de uma ligação directa a uma estação terrestre; agora, passam finalmente a poder comunicar entre si, criando uma rede mesh para ampliar drasticamente o seu raio de alcance. Com o sistema antigo um balão só podia fornecer comunicações quando estava num raio de 80Km de um destes postos terrestres; agora, poderá estar a 400 ou 800Km de distância, desde que tenha outros balões que possam servir de repetidores. Um sistema que pode ser simples de entender na teoria, mas que na prática obriga a sistemas bem avançados para "apontar" as comunicações de uns aos outros, em ambientes com temperaturas de -50ºC que são terríveis para os componentes móveis.

Alie-se a isto a incrível capacidade de "controlar" estes balões (conseguiram levar um balão até ao alvo pretendido após uma viagem de quase 20 mil quilómetros!) e se tudo correr conforme previsto, a equipa espera já ter um serviço funcional a espalhar-se por algumas regiões do globo no final de 2016. (E sempre parece estarem a ter mais sorte com os balões do que com os aviões solares... com o seu protótipo a ter-se despenhado no início do mês.)

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