Com a vitória da taxa da cópia privada, já seria de esperar que outras entidades aproveitassem o balanço para tentarem também a sua sorte, que no caso da FEVIP se traduz em trazer para Portugal o sistema "3-strikes" de avisos às pessoas que forem acusadas de descarregar conteúdos ilegais, e formas mais eficientes de bloqueio dos sites pirata.
A FEVIP (Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais) também quer mostrar serviço, e por isso promove um combate mais duro e eficaz contra os downloads - algo que diz não existir em Portugal, onde para todos os efeitos... não há verdadeiramente downloads "ilegais".
Para isso, a ideia é trazer para o nosso país o sistema de pré-avisos, com severidade crescente para os infractores repetentes, e que noutros países se quer que culmine com o corte total do acesso à internet (coisa que não estaria a ser perseguida para o nosso país). Situação que levanta todas as questões que nesses outros países já foram levantadas, de que não é fácil fazer corresponder um IP à pessoa realmente responsável (até se têm culpado impressoras de rede e pessoas idosas que nem sabem o que é um "download", provavelmente por alguém se ter aproveitado da sua rede).
E também não fica esquecido o facto dos bloqueios aos sites piratas serem facilmente contornados, coisa que também está na lista de "revisões", com o desejo de implementação de medidas mais eficazes de bloqueio - será que na sua "lista de desejos" temos a ilegalização das VPNs? Já não me surpreenderia.
É pena que estas associações não pareçam estar interessadas em promover coisas que facilitem o acesso legal aos conteúdos (evitando situações como as que fazem com que o Netflix ofereça uma programação mais limitada por cá do que nos EUA) mas apenas em tentar combater algo que ao longo de décadas tem demonstrado ser praticamente impossível de combater. Bastará olhar para os casos em que a pirataria decresceu, e ver que - por uma e outra vez - o motivo deveu-se ao surgimento de serviços legais, de fácil acesso e a preços justos, que fazem com que a pirataria se torne obsoleta e desnecessária.
seguinte situação, eu tenho o GTA V original comprado em formato digital, na altura do lançamento havia um problema que o downloader da rockstar nao validava os ficheiros, entao o que o pessoal aconcelhava era ira a um torrent(pirata) sacar os ficheiros e meter para a pasta de instalação e depois ligar o laucher para remover o crack, entao? ai ter um aviso por fazer download de um conteudo digital que comprei? anedota autentica
ResponderEliminarEstou à espera do dia em que se promova um processo desses, por causa de conteúdos "descarregados" através do Pirate Bay, quando este não está "oficialmente" disponível em Portugal. :P
ResponderEliminarNós parece que andamos atrasados... Não se provou já que este tipo de medidas não resulta e só vem agravar o problema?
ResponderEliminarUma questão estranha essa dos conteúdos do Netflix. Se direitos musicais são diferenciados para streaming e venda (vida agora o apple Music não ter todo o acervo da iTunes Store) por que a Netflix não pode usar em streaming um conteúdo licenciado para broadcasting? Já que são tratados como meios diferentes, isso não implicaria que acordos feitos para um não seriam válidos para outros? Explico: Em Portugal House of Cards é exclusiva para televisão no Canal TVSéries, mas esse acordo abrange também o streaming?
ResponderEliminarDecidi instalar já a aplicação Hola. Bem sei que é um pouco duvidosa mas pelo menos é grátis!
ResponderEliminarPor um lado assusta-me a ideia de ter uma internet onde não se pode fazer downloads de nada á borla e temos de comprar todas as musicas e filmes que queremos ver. Mas por outro lado dou-me conta que cada vez me apetece menos baixar coisas porque os filmes e as musicas já não me seduzem tanto e sempre encontro coisas melhores para fazer. A verdade é que há muito tempo que não saem grandes filmes nem musicas que nos surpreendam e é sempre mais do mesmo e já estou farto. Há dias comprei um disco externo de 5 TB e ainda está vazio e acho que assim vai continuar por muito tempo (ou mesmo para sempre, quem sabe!) porque já não me apetece continuar com a minha coleção de filmes e musicas, que provavelmente nunca iria usar...
ResponderEliminarCom Netflix disponível, Meo Music/Apple Music/Spotify/Play Music e as mega promoções da Steam quase que deixa de ser necessário piratear.
ResponderEliminarHá uns anos fazia sentido pela escassez de oferta. Agora?
Concordo. Isso só prova a teoria do Carlos (entre outros) de que a pirataria é basicamente uma questão de não termos o preço justo para as coisas. Obviamente que sempre haverá quem possa e pirateie na mesma, mas isso será a excepção e não a regra.
EliminarIsto é só estúpido. No caso dos jogos ninguém ouve a Rockstars, a Activision ou a Blizzard a queixarem-se da pirataria. Estas produtoras são a prova viva que quando fazes um bom produto, tens mercado e tens sucesso. Isto não falando obviamente na Zynga ou na Riot Games em que os seus melhores produtos são gratuitos e apenas gastas dinheiro se quiseres.
ResponderEliminarNa música? Atualmente não conheço ninguém que faça download de músicas, nem para ouvir no carro. Porque? O stream é muito mais cómodo, rápido e descomplicado.
Estas entidades fartam-se de fazer barulho porque todos eles "mamam" com a venda, quando os artistas só acabam por receber dinheiro a sério quando fazem concertos e espetáculos.
Provavelmente se mais gente seguisse o exemplo do Trent Reznor, bem que as coisas certamente mudavam de figura...