2015/07/12

Star Trek: ficção vs realidade


Phasers, teletransporte, viagens warp... a série Star Trek foi responsável por popularizar muitos conceitos que hoje todos dão por garantidos, mas sempre tentou fazê-lo com base em noções científicas teoricamente possíveis, e que muito têm sido discutidas ao longo das décadas. Afinal, onde acaba a ficção e começa a realidade?

Infelizmente, a ficção ainda anda bem à frente da realidade, e isso também se aplica ao Star Trek. Não só não é possível prever uma data em que a toda a raça humana tenha resolvido os seus conflitos e viva em harmonia; como também ainda está muito distante muito daquilo que nesta série nos foi apresentado como possível.

Sim, há coisas em que já lá chegamos (ou nos vamos aproximando). Os seus famosos comunicadores são algo que hoje em dia já carregamos nos bolsos (smartphones), e também vamos dando passos no sentido de ter sistemas capazes de traduzir diferentes línguas em tempo real. Quanto ao famoso tricorder capaz de analisar todo o tipo de produtos (e pessoas), também muito se tem apostado em torná-lo realidade, um pequeno passo de cada vez.

No que toca às viagens espaciais, as coisas complicam-se. Sem termos o seu famoso "warp drive", até os planetas mais próximos do nosso sistema solar se revelam num gigantesco desafio; e isto também sem sequer ter em conta todos os pequenos detalhes das viagens espaciais, onde nos faltam os escudos que nos mantenham a salvo da radiação, colisões com micro-meteoritos e/ou destroços, e também a gravidade artificial.

Depois temos ainda coisas como as máquinas de replicação de produtos, e também o Holodeck; tecnologia onde o mais parecido que temos actualmente serão as impressoras 3D, e a realidade virtual - que apenas se poderão considerar a pré-história de algo desse tipo. E quanto ao teletransporte... bem, é melhor nem sequer imaginarmos a quantidade de memória que seria necessária apenas para guardar a informação de todos os átomos de um ser humano (e fazê-lo a distâncias de dezenas de milhares de quilómetros). Como curiosidade, relembro que o teletransporte do Star Trek apenas foi inventado como forma de reduzir o custo de produção dos episódios, pois ficava mais barato do que mostrar uma nave a aterrar em cada planeta que quisessem visitar. :)

Para quem gostar destes temas, há um livro excelente que merece lugar em qualquer colecção sci-fi (pelo menos, já está na minha há muitos anos): o The Physics of Star Trek.

2 comentários:

  1. Penso que, neste contexto, as duas expressões estão corretas xD

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  2. Warp Drive é o "motor" que permite atingir a Warp Speed.

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