2015/08/27

Windows 10 deverá ser de confiança diz a ESET


Com todas as questões de privacidade em torno do Windows 10, a ESET vem tentar fazer um ponto da situação e dizer que, embora haja alguns aspectos que podem obrigar a alguns cuidados, pela maior parte os utilizadores deverão sentir-se seguros ao utilizar o Windows 10.

O Windows 10 tem enfrentado duras críticas sobre as suas políticas de privacidade, e nem sempre é fácil distinguir o que será real, imaginado, ou puramente inventado para tentar causar ainda maior confusão sobre o assunto. A ESET está a preparar uma análise detalhada sobre a privacidade no Windows 10, mas avança desde já com algumas informações que poderão servir para elucidar o que se passa.

Tal como também nós já tínhamos referido, ao querer disponibilizar todo o tipo de funcionalidades e serviços que actualmente são comuns nas plataformas mobile (coisas como a assistente digital, acesso aos dados independentemente do dispositivo que se está a utilizar, etc.) implica obrigatoriamente todo um conjunto de permissões a que não se estava habituado a dar num sistema desktop. Na prática, muitas das coisas que estão a ser pedidas e criticadas no Windows 10, são precisamente aquelas que já damos ao utilizar um smartphone.

Na maior parte dos casos acaba por ser simplesmente uma questão de, para se ter a conveniência na utilização dos serviços, teremos que estar dispostos a abdicar de alguma dessa "privacidade" que tanto se deseja proteger.

Quanto às acusações de "espionagem", clarificam também que este serviço de recolha de dados de telemetria (Customer Experience Improvement Program - CEIP) é algo que tem estado presente em todos os Windows desde o Vista, pelo que, neste aspecto, o Windows 10 não representa nenhuma diferença face ao que já era feito nos Windows anteriores.


Os pontos a ter em conta acabam por se aplicar mais a empresas ou pessoas que tenham necessidade especial de manter efectivamente os seus dados afastados da cloud. Sabendo-se a promiscuidade que as agência de segurança norte-americana têm com os gigantes informáticos, todos os dados que sejam enviados poderão estar potencialmente disponíveis - mesmo se também temos casos em que a MS se tem debatido para não fornecer à NSA dados de utilizadores que residem no estrangeiro. Mas será certamente uma questão que terá que ficar bem esclarecida caso a MS queira que o Windows 10 seja usado a nível empresarial e/ou governamental fora dos EUA.


(Convirá referir que a ESET é uma empresa eslovaca, e portanto sem qualquer ligação directa à MS ou EUA.)

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