2015/09/14

Aurous quer ser o Popcorn Time para a música


As entidades anti-pirataria têm novos motivos para perder o sono. O Aurous quer ser o Popcorn Time da música, e aposta numa descentralização total para ser imune a qualquer tipo de ataque.

Com a necessidade de piratear música a ser cada vez mais reduzida face ao crescente número de serviços legais (por exemplo, via a modalidade gratuita do Spotify, ou simplesmente recorrendo ao YouTube para ouvir musica), há quem ainda ache que faz sentido criar uma forma simples de se ouvir o que se quiser, sem ser confrontado com publicidade ou outros impedimentos. É isso que o Aurous quer fazer, ao estilo do que o Popcorn Time fez com os filmes.

Embora o Aurous também faça questão de facilitar o acesso à compra de conteúdos legítimos (com links para as músicas na Amazon, iTunes, Google play) é inevitável que se torne num alvo a ser perseguido pelas entidades dos direitos de autor; e por isso mesmo recorre desde já a um sistema completamente descentralizado que faz com que não haja nenhum "alvo" que possa impedir o funcionamento do serviço.

Embora o Aurous recorra ao BitTorrent para fazer as transferências, o seu coração é um sistema de pesquisa completamente desencentralizado e sem depender de um qualquer servidor central que, ao ser encerrado, impediria o seu funcionamento por todos os utilizadores. (Não é por acaso que os seus criadores são os mesmos que criaram o motor de pesquisa Strike, que faz pesquisas no sistema descentralizado DHT dos torrents.)

É precisamente o tipo de resposta que há muito vimos a dizer que surgiria em resposta à perseguição dos conteúdos partilhados... E que, pelo lado positivo (esperamos), fará com que os produtores de conteúdos se concentrem mais em facilitar e tornar mais apetecível a utilização de serviços legais, do que tentarem impedir sistemas ilegais que nada poderão fazer para impedir.

3 comentários:

  1. Os produtores de conteúdos vão começar a fazer lobbying para ilegalizar o protocolo de torrents se serviços destes continuarem a surgir assim.

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  2. E como pretendem ilegalizar? Isso não é tecnologicamente viável...

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