Não há ninguém que tema mais as mudanças do que as grandes empresas, e as empresas de telecomunicações não são excepção, indo já ameaçando que o fim das taxas de roaming na Europa vai sair caro aos Portugueses.
Infelizmente já bem sabemos que as empresas nacionais (e não só) são especialistas em transformar algo que à partida se pensaria ser benéfico, em algo que acaba por ser ainda pior do que se tinha (lembram-se do fim do aluguer dos contadores de electricidade... prontamente substituído pela "taxa de potência contratada"?) E agora, são os operadores de telecomunicações a querer fazer algo idêntico com o fim das taxas de roaming.
Dizem os operadores que o fim das taxas de roaming será prejudicial para os portugueses, porque Portugal é um destino turístico, que fará com que no Verão receba grande número de turistas do Norte da Europa, aumentando drasticamente o tráfego de comunicações; que não será equilibrado devido ao facto da percentagem de portugueses a passar férias no Norte da Europa ser extremamente reduzido. Como tal, o custo desse excesso de tráfego terá que ser suportado por alguém... e serão os clientes portugueses a pagá-lo.
Por outro lado, a ANACOM vai dando um ar da sua graça e vai também referindo que se deveriam regulamentar meios de comunicação que têm escapado às regras tradicionais (caso de apps como Skype, WhatsApp, etc.), que parecem também estar a preocupar os operadores - que parecem esquecer-se que para podermos usar essas apps já estamos automaticamente a pagar os dados que são usados, e que pela mesma lógica do fim do roaming, não importa se esses dados são para falar com alguém dentro do país, ou no outro lado do mundo.
Se calhar o que os operadores querem é regressar aos bons velhos tempos das comunicações segmentadas em locais, regionais, nacionais e internacionais; ou dos tempos em que o acesso à internet era contabilizado em acessos nacionais e internacionais.
Embora diferente, não deixa de ser possível encontrar algumas semelhanças entre estas reacções e aquelas que a presença do Uber tem causado na ANTRAL. Mas pronto, que se divirtam a tentar justificar aumentos de preços... mas não se esqueçam de explicar porque é que há operadores europeus que conseguem praticar preços muito mais reduzidos que os nossos, em países onde o custo de vida é muito superior.
Eles que façam isso! É da maneira que numa ida a outro país europeu compro cartões para família e amigos e estes chulos deixam de ver um tostão meu!
ResponderEliminarCom o fim das tarifas de roaming será exequível fazer o que o João Gameiro disse? Podemos obter um cartão SIM de um qualquer operador da zona euro que tenha tarifários apetecíveis e usufruir deles em Portugal?
ResponderEliminarTeoricamente sim. Será um pequeno passo para a tal "igualdade europeia" que tanto se apregoa mas que raramente vemos concretizada na prática (veja-se nas diferentes taxas aplicadas nos diferentes países, que fazem que por cá muitas vezes se pague mais do que em países europeus onde os ordenados médios são 4x superiores aos nossos.)
Eliminaro comentário do joao gameiro ate me lembrou de outra possibilidade, usar os contratos de fora, conhecendo alguém no pais de destino podemos pedir para fazer um contrato em nome dele e vir para ca com o aparelho e com o cartao(isto pk provavelmente os contratos so poderao ser feitos por habitantes do pais, se der para os de fora melhor ainda).
EliminarDificilmente será possível, porque um dos pressupostos do fim do roaming será a de impor que os contratos sejam feitos nos locais (países) onde ocorram a maior parte das comunicações, isto é não me vai ser permitido ir ao país com taxas mais baixas e contratar o serviço aí.
EliminarO roaming de estrangeiros em portugal é de facto uma fonte de receita para os operadores tugas. Não se trata de paleio dos operadores. Agora, parece obvio que se lhes vão tirar essas receitas, as queiram cobrar noutras fontes. Qual a duvida?
ResponderEliminarVivemos em PT e basta. Autoridades que não servem para nada senão encher os bolsos a uns quantos. Temos pena se o negócio deixou de dar tanto. Ajustem-se!
ResponderEliminarPara já, é tudo teoria. Eu, como viajo e tenho ligação a Espanha, comprei em Madrid um cartão Vodafone, e usu-o quando estou lá. Assim sei que pago o preço de chamada internacional- mas depende da tarifa escolhida. Sai-me mais barato e mais cómodo. Claro que o smartphone tem de ser dual sim. Mas o roaming já à muito tempo devia ter terminado. Está é a minha opinião amigos.
ResponderEliminarO que tem uma coisa a ver com a outra?
ResponderEliminarRoaming é uma taxa adicional que pagas por usar o teu cartão português no estrangeiro. Quando isso acabar, o que impede de comprar um cartão no estrangeiro e usar cá?