2015/12/06

Comic Con 2015


Já estamos no último dia de Comic Con Portugal 2015, e podemos desde já fazer um resumo deste evento que novamente voltou a encher a Exponor com a magia dos universos do cinema, televisão, banda desenhada e videojogos.

Foi com enorme surpresa que em 2014 vimos alguém ter coragem de trazer uma Comic Con "a sério" para o nosso país; uma coragem que foi prontamente recompensada com uma adesão que superou todas as expectativas para um evento que se estreava e cuja explicação nem sempre seria fácil. Com esse evento concluído, restava fazer mais e melhor na edição seguinte... e foi precisamente o que foi feito.



Actualização: a organização já revelou os números oficiais, com esta edição a atingir praticamente os 54 mil visitantes (53962), um crescimento significativo face aos 32500 do ano anterior.


A Comic Con 2015 cresceu, passando a ocupar a totalidade da área existente na Exponor (embora nem toda fosse área acessível para o público), e permitindo a criação de um pavilhão dedicado aos video jogos, outro dedicado ao merchandising, a ampliação do auditório principal de 2000 para 2500 lugares, e ainda ter áreas mais específicas dedicadas a coisas como os jogos de tabuleiro; banda desenhada; zona para crianças; e também um pavilhão dedicado exclusivamente à alimentação.



Mas a Comic Con é algo que é muito mais que a simples soma das suas partes, é toda uma experiência que tem que ser vivida ao vivo para ser sentida; é - poderemos dizer - um verdadeiro Natal de três dias para todos os "geeks". Aqui o sonho torna-se realidade, e a linguagem que se ouve no recinto é aquela que "lá fora" seria olhada com estranheza e desconhecimento. Aqui, não será difícil encontrarem alguém que conseguia descrever-vos de memória todos os episódios do Dragon Ball ou conhecer todos os nomes da árvore genealógica da princesa Zelda. E se pensam que até eram especialistas numa qualquer destas áreas... o mais certo é conhecerem alguém que demonstra que afinal há quem saiba bem mais. :)



A Comic Con 2015 cresceu e melhorou em muitos aspectos; mas há ainda algumas coisas que não correram tão bem como seria suposto. Nalguns dos auditórios foram recorrentes problemas de som e iluminação (um ponto crítico a rever, considerando que quem passa horas nas filas, ou paga para ter um bilhete "VIP", esperaria poder ver o seu esforço recompensado); no pavilhão dos videjogos o volume chegava a ser de tal ordem que se tornava incomodativo (houve até quem avançasse com a explicação que teria sido a forma que a Nintendo encontrou para garantir que ninguém lá ficasse a brincar com as 3DS e Wii U por muito tempo ;P) e aqueles que tivessem ignorado as recomendações de que deveriam levar dinheiro, poderiam também descobrir que teriam que passar mais de meia-hora numa fila para a caixa Multibando (e arriscando-se a que, quando chegasse a sua vez, a máquina já não tivesse notas para dar.)

O facto de muitos dos expositores terem terminais MB também acabou não se revelar tão benéfico como isso, uma vez que a sobrecarga das comunicações tornava bastante complicado o processo de fazer um pagamento (e até enviar SMS era algo que teria que ser tentado uma meia-dúzia de vezes até que finalmente fosse enviado com sucesso).





Neste momento, ainda vão a tempo de dar um salto à Exponor para aproveitarem este restinho de Comic Con Portugal 2015 (eu vou para lá assim que terminar estas palavras); pois há ainda muito para ver... e comprar. Tudo aquilo que por lá encontramos no pavilhão de entrada é uma verdadeira tentação, que nos faz vontade de ter orçamento ilimitado para forrar a nossa casa com (ainda mais) coisas. Mesmo se quase tudo se pode comprar online, estar ali a vê-las ao vivo, é bem mais tentador e capaz de fazer voar as notas e moedas da carteira (há sempre a desculpa de que são "prendas para oferecer aos amigos"... mas que depois ficam esquecidas lá por casa. ;)

Como acontece noutros eventos, ainda este está a terminar e já se começa a olhar para o próximo. Venha de lá a Comic Con Portugal 2016, que novamente será sucesso garantido; e tentem-se melhorar as coisas que há para melhorar, para que haja cada vez menos motivos para críticas, e todos possam sair de lá só com boas memórias.




P.S. Continuam a faltar ecrãs ou projectores no exterior dos auditórios, que permitissem a que quem não teve lugar lá dentro pudesse acompanhar o que se passa. Fica combinado para 2016?

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