2016/07/13

Maioria dos utilizadores não lê as condições de utilização de um serviço


É algo que já todos imaginariam, mas que um estudo vem (re)confirmar: a esmagadora maioria das pessoas ignora por completo as condições de utilização dos serviços nos quais se registam, aceitando utilizar serviços que exigem coisas como o seu primeiro filho, e que referem expressamente que todos os dados serão enviados para a NSA.

Tal como a lei dos cookies nos treinou para clicar no "ok" de todas as janelas que surgem ao se visitar um site, também as habituais condições de utilização de um serviço se tornaram num mero obstáculo a ultrapassar no processo de registo, em que simplesmente marcamos uma checkbox e se clica no botão "sim, aceito" - sendo muito poucos aqueles que se dignam a olhar para o que lá é dito.

Num estudo realizado entre 543 estudantes universitários nos EUA, a quem era pedido que aderissem a uma nova rede social que os ajudaria a encontrar emprego - mas que na verdade era um site destinado apenas a avaliar esta questão da leitura das condições de utilização e política de privacidade -  399 deles nem sequer perderam tempo, tendo passado à frente da leitura; para os restantes, o tempo médio de leitura foi de cerca de 1 minuto; o que não valerá de muito quando os textos apresentados demorariam entre 15 e 30 minutos a serem lidos completamente.

Caso tivessem lido as condições, encontrariam por lá cláusulas divertidas, como a exigência de entregar o primeiro filho (se ainda não tivessem um este requisito seria válido até 2050); ou a referência de que toda e qualquer informação aqui introduzida seria partilhada com a NSA e futuros patrões.

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