2016/08/25

Microsoft revela detalhes do HPU do HoloLens


O HoloLens da Microsoft quer ser a sua porta de entrada para o mundo da realidade aumentada/virtual, e agora ficamos a conhecer mais detalhes sobre o seu HPU - o Holographic Processing Unit - que o torna possível.

As exigências para lidar com realidade virtual/aumentada são bastante elevadas, pois não só se necessita de criar as imagens virtuais, como as mesmas têm que reagir instantaneamente a todos os movimentos do utilizador. Qualquer demora ou hesitação no seu tempo de resposta destruirá a ilusão por completo e poderá também contribuir para a sensação de enjoo que alguns sentem ao experimentar estes equipamentos.

O caso do HoloLens torna-se mais interessante por se tratar de uma unidade que funciona de forma completamente independente e sem necessidade de dispositivos exteriores adicionais; e embora o seu CPU principal seja um modesto Intel Atom Cherry Trail com 1GB de RAM, a magia do que acontece torna-se possível graças à utilização daquilo que a Microsoft chama de Holographic Processing Unit, ou HPU.


Este chip foi concebido especificamente para esta função de acelerar os cálculos necessários para actividades holográficas, e conta com 24 DSPs, 8MB de SRAM (memória de acesso ultra-rápido) e 1GB de memória DDR3. Foi esta a solução escolhida pela MS depois de considerar a utilização do CPU para estes cálculos, ou de utilizar o GPU. Segundo eles, só um chip dedicado consegue oferecer o desempenho necessário para esta função especializada, e ao mesmo tempo mantendo um consumo de energia reduzido.

Usando este HPU, é possível correr as rotinas necessárias de forma 200x mais rápida do que se estivessem a ser feitas pelo CPU; e em jeito de preparação para o futuro, a MS certificou-se também que para os requisitos actuais o chip não ultrapasse os 50% da sua capacidade, o que deixa margem suficiente para processamento bastante mais complexo no futuro que possa ser aplicada a este chip sem ficar limitado pelo hardware logo à partida.

A MS promete fazer chegar um interface holográfico ao Windows 10 já no próximo ano, pelo que depois só ficam a faltar os óculos VR/AR a preços decentes. (De qualquer forma temos que começar por algum lado... se se disponibilizarem os óculos sem que se tenha software para tirar partido deles, também ninguém os comprará.)

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