Zuckerberg define novos objectivos para o Facebook

O Facebook - goste-se ou odeie-se - vai tendo um peso cada vez maior na nossa sociedade, e Mark Zuckerberg acha que está na hora de definir novos objectivos e uma nova missão de longo curso para a sua rede social.


O Facebook pode ter nascido com o simples desejo de permitir a fácil comunicação entre estudantes, mas há muito que se tornou em algo bastante maior e global. Num longo comunicado, Zuckerberg olha para o futuro e fala-nos (de forma bastante generalista e sem entrar em detalhes) de como a plataforma pretende dar uso à inteligência artificial para detectar conteúdos impróprios; da necessidade de aplicar regras diferenciadas a diferentes regiões e culturas (basta relembrar o caso dos mamilos, que parecem chocar tantas pessoas e são vistos com tanta naturalidade por outras); e novas ferramentas para promover e gerir grupos e sub-grupos.

Reacendendo a questão de que Zuckerberg poderá ter aspirações presidenciais a longo prazo, não falta também a referência de que o Facebook pretende promover uma participação mais activa da sociedade nas eleições (deixando ficar no ar a "quase-possibilidade" de se fazerem eleições via votações no Facebook), assim como a de facilitar a comunicação com os que nos representam em cargos políticos.

A ideia pode ser boa, mas maior problema com que potencialmente o Facebook se poderá deparar, é precisamente aquele que a sociedade enfrenta também fora das redes sociais - a do desinteresse e apatia... muitas vezes que só mudam quando já é "tarde demais". Veremos se esta nova missão do Facebook irá conseguir fazer aquilo que a sociedade por si só não parece ter vontade de fazer. Mas uma coisa é certa: o Facebook é apenas uma ferramenta, e o que conta -mesmo- são as pessoas e aquilo que decidem fazer.