Os fatos espaciais eram (mais) um dos pontos criticados das novas missões Artemis, pois falava-se do regresso à Lua em 2024 quando, na realidade, ainda nem sequer existiam fatos espaciais para isso. Desde as últimas missões tripuladas à Lua, na década de 70, que nunca mais se teve necessidade de fatos especiais pensados para caminhar fora da Terra, e os estudos para fatos para futuras missões a Marte estavam também bastante longe de resultarem em modelos funcionais a curto prazo.
Mas, o recurso a empresas privadas parece ter resultado, com os novos fatos espaciais a ficarem a cargo da Axiom Space e a terem tido direito até a mordomias como o design a cargo de Esther Marquis, que trabalhou na série de TV "For All Mankind".
Felizmente, neste caso as preocupações estéticas não foram as principais, com o novo fato a ter dado prioridade à segurança e mobilidade dos astronautas. Os astronautas que visitarem a lua poderão fazer toda uma série de movimentos que não eram possíveis com os fatos da geração Apollo, incluindo coisas como baixarem-se e apanharem coisas do solo. O próprio acto de entrar e sair do fato é também facilitado, sem necessidade de vestir o fato por módulos, bastando "entrar no fato" pela parte de trás.
Infelizmente, a NASA optou por mostrar um fato em preto com algumas secções coloridas. O fato final será branco, tal como os da década de 60/70, para reflectir o calor e melhorar a eficiência térmica.
Como curiosidade, a maior dificuldade de um fato espacial não é manter o astronauta aquecido, já que o próprio astronauta funciona como "aquecedor" no ambiente isolado no interior do fato, mas sim a de o manter arrefecido, especialmente quando está exposto ao sol. Já que no espaço, e na Lua, não existe ar e torna-se muito mais complicado dissipar o calor.
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