O WhatsApp é uma das mais populares apps de mensagens e, pertencendo ao grupo Meta, não será surpresa ouvir que há discussões internas para que comece a apresentar publicidade aos utilizadores. A app tem-se mantido fiel às suas directrizes iniciais - "No ads! No games! No gimmicks!" - que vêm do tempo anterior a ter sido comprada pelo então Facebook (agora Meta), mas a tentação de começar a ganhar dinheiro fácil com os seus milhões de utilizadores parece estar a começar a erodir esses princípios.
As discussões internas sobre a apresentação de publicidade têm sido verdadeiras discussões. A ideia seria começar a apresentar publicidade intercalada entre os grupos de conversas, tal como acontece no Messenger, X e outros serviços, e não entre os comentários em si. Ainda assim, é algo que alguns receiam que se tornará suficientemente intrusivo ao ponto de levar muitos utilizadores a procurarem alternativas.
Será por isso uma batalha entre os cifrões e o risco de perda de utilizadores; sendo que se as chefias acharem que os utilizadores não conseguirão encontrar alternativas, parece que será uma questão de tempo até que o WhatsApp se junte ao grupo das apps com publicidade.
No entanto, e nem que seja por precaução, é mais que provável que o WhatsApp prefira aguardar mais um pouco para ver o efeito que a interoperação obrigatória com serviços concorrentes irá ter. É que, lançar publicidade numa altura em que também tem que facilitar a vida a serviços rivais, poderá ser um combinação extremamente penalizadora para o WhatsApp, que oficialmente ainda vai mantendo a posição de que não irá adicionar publicidade à sua app. Só que, como bem sabemos, a posição assegurada num dia apenas dura até ao dia em que decidirem mudar de opinião, e que pode acontecer a qualquer momento.
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