Android 14 aumenta apps em memória de 32 para 1024

O Android 14 vem com um aumento substancial do número de apps que podem permanecer em memória, passando de 32 apps para 1024 apps.

Com cada vez mais smartphones Android a virem carregados com memória RAM - são cada vez mais comuns os modelos topo de gama com 16 GB de RAM, e alguns deles até já se esticam para os 24 GB de RAM - é bom saber que o Android 14 está preparado para tirar o máximo partido dessa memória.

Até agora, e a não ser que houvessem alterações por parte dos fabricantes, o Android vinha com um limite máximo de 32 apps mantidas em memória; e com este valor a estar dependente da memória RAM disponível. Se nos smartphones com menos RAM este limite se tornava irrelevante, com o smartphone a apenas conseguir aguentar com meia dúzia de apps antes de começar a libertar memória, nos smartphones com muita RAM isto poderia fazer com que apenas fossem mantidas 32 apps apesar de haver memória RAM para manter muitas mais apps.

Quando as apps são mantidas em memória, podem ser reactivadas de forma praticamente instantânea, sem que seja necessário efectuar todo o processo de carregamento que é feito quando se abre uma app pela primeira vez; pelo que, quantas mais apps puderem ser mantidas nesse estado, melhor será a experiência de utilização dos utilizadores, com menos tempo de espera quando saltitam entre as apps que utilizam ao longo do dia.

Android 14 increases the maximum number of cached applications to 1024 (up from 32)!

That's a HUGE increase. https://t.co/lW7bzW1GKH

— Mishaal Rahman (@MishaalRahman) October 11, 2023

Here are four ways that Android 14 improves on performance and memory efficiency:

1) Freezing cached applications

Android 14 freezes cached apps after a "short period of time", giving them 0 CPU time. During the Android 14 Beta, Google saw cached processes consume "up to 50%… pic.twitter.com/vKW50wY5L1

— Mishaal Rahman (@MishaalRahman) October 11, 2023

Poderá dizer-se que, para a maioria das pessoas, as 32 apps seriam mais que suficientes (não sei se chegarei sequer a abrir mais que 10-12 apps diferentes ao longo do dia), mas penso que este é um daqueles limites que no futuro poderia assemelhar-se aos tempos dos PCs em que se dizia "640KB será memória mais que suficiente para tudo!". Com a passagem para 1024, essa situação fica resolvida, pelo menos para os próximos anos, e até pode vir a potenciar um reforço da utilização do Android enquanto sistema que possa começar a competir com sistemas desktop. A chegada do USB-C aos iPhones poderá também ser positiva nesse sentido, de popularizar o uso de docks para ligar o smartphone a um teclado e monitor, passando a ser literalmente o computador principal que se leva no bolso para todo o lado.