Carlos Tavares, CEO da Stellantis, diz que não irá entrar numa guerra de preços nos veículos eléctricos.
A Stellantis, grupo multi-nacional que agrupa marcas como Alfa Romeo, Chrysler, Citroen, Fiat, Lancia, Jeep, Opel, Peugeot, e outras, diz que não irá embarcar na guerra de preços de outras marcas, que têm reduzido substancialmente o preço dos seus automóveis. Uma referência clara à Tesla, que tem reduzido repetidamente os preços dos seus veículos, e que recentemente voltou a fazê-lo para o Model Y na Europa - modelo que, relembre-se, foi o carro mais vendido na Europa em 2023, tendo sido o primeiro automóvel eléctrico a conseguir esse feito.
Claro que, do ponto de vista empresarial, a redução dos preços é algo que nenhum CEO quer considerar, e é essa a posição do CEO da Stellantis, que lança a "ameaça" de que tais tácticas podem levar a um "banho de sangue" na indústria e ao colapso de vários fabricantes. Mas, há que relembrar que é essa a economia de mercado, e que também será difícil para uma empresa sobreviver se não conseguir vender o seu produto, por haver produtos mais baratos à disposição dos consumidores. Não será coincidência que os fabricantes ocidentais já tenham pressionado a UE para aplicar tarifas adicionais aos fabricantes chineses, que têm tentado entrar no mercado europeu em força.
No entanto, mesmo que sejam aplicadas tarifas aos veículos chineses, isso não deverá afectar a Tesla, que actualmente será a marca que mais dores de cabeça dá aos demais fabricantes. E, conhecendo-se Elon Musk, é extremamente pouco provável que se sinta incentivado a mudar a política de preços da Tesla só porque um CEO de uma empresa concorrente se vem queixar. E além da Tesla, também marcas como a Kia, Hyundai, Volvo, etc. irão agradecer que a Stellantis mantenha os preços elevados.
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O habitual do grupo, caros e maus.
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