Com nova ordem de bloqueio de sites pirata em França e Portugal, a OpenDNS opta por simplesmente deixar de fornecer o seu serviço nestes países.
Parecendo ignorar a facilidade com que os sites pirata encontram formas alternativas de acesso, as entidades anti-pirataria continuam a insistir no arcaico método de bloqueio dos DNS. Este mês assistiu-se a nova vaga de dezenas de sites bloqueados, relacionados principalmente com o streaming de jogos de futebol. Ignorando todos os apelos e tentativas de explicação de que estes bloqueios são facilmente contornados, a Cloudflare (1.1.1.1), Google (8.8.8.8), e Cisco/OpenDNS (208.69.38.205) ficam obrigadas a bloqueá-los nos seus serviços de DNS.
A novidade é que, em vez de simplesmente cumprir com o bloqueio, no caso do OpenDNS a solução foi bastante mais radical, retirando o serviço OpenDNS de França e Portugal.
Um estudo em França tinha revelado que o número de pessoas afectadas pelo bloqueio de DNS será de 0.084%, e desses, apenas 2% não recorrerá a outra forma alternativa de acesso quando confrontada com estas medidas, fazendo com que a eficácia real destes medidas seja comicamente nula. O que não será de efeito nulo será a impossibilidade de aceder a um dos mais populares serviços de DNS disponíveis. E com isto, lá se vai promovendo a necessidade de usar VPNs, rede Tor, e a necessidade de ter um serviço de DNS seguro e anónimo que seja resistente a estas tentativas de bloqueio.
Actualização: como efeito directo, os portáteis das escolas, que usam o serviço OpenDNS, ficaram sem acesso à internet.
Sem OpenDNS qual a alternativa a bloquear os sites?
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