Os sites e apps que usam tecnologia AI para remover a roupa de qualquer pessoa vão enfrentar uma batalha nos tribunais.
O procurador da cidade de São Francisco, David Chiu, está a processar 16 dos sites e apps mais populares que permitem aos utilizadores "despir" pessoas, principalmente utilizados para converter fotos de mulheres e raparigas em versões nuas criadas por AI. A acusação é a de que têm como único intuito criar imagens falsas e explícitas sem consentimento, contribuindo para um aumento significativo de casos de assédio.
O número de mulheres e raparigas vítimas destes casos de imagens íntimas não consensuais (NCII) tem vindo a aumentar, não só na Califórnia como todo o mundo, e afectando tanto jovens estudantes em pequenas comunidades como artistas mundialmente famosas, como Taylor Swift. Se o processo for bem-sucedido, os sites poderão enfrentar multas de $2.500 por violação das leis de proteção ao consumidor da Califórnia, o que inviabilizará o seu funcionamento.
No entanto, será pouco provável que isto resolva o problema. Existem cada vez mais modelos AI de livre acesso, com capacidades sempre crescentes, e que continuarão a poder ser usados para esta função. Estas ferramentas poderão desaparecer de sites públicos, mas certamente continuarão a ser disponibilizadas por outros meios descentralizados, empurrados para recantos mais obscuros da web.
Ao estilo de praticamente tudo, enquanto houver "procura", haverá sempre "oferta", indendentemente da sua legalidade. E da forma que as coisas têm evoluído, um destes dias até bastará fazer o pedido de remoção de roupa no X, para se obter a imagem pretendida.
2024/08/17
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