A ISS necessita de elevar a sua órbita regularmente, sendo que até o reduzido atrito com a atmosfera vai fazendo com que perca velocidade e "caia". Tradicionalmente, é segmento russo da estação, juntamente com a nave Progress, que tratam da parte da propulsão necessária para manter a altitude da ISS, assim como efectuar as manobras para evitar detritos espaciais. Mas, pela primeira vez, vai ser testada a capacidade da cápsula Dragon para fazer essa função.
O teste envolverá os 16 propulsores Draco da Dragon, especificamente os localizados na base da cápsula. Estes propulsores geralmente servem para manobras em órbita, mas neste próximo disparo de 12.5 minutos, serão usados para ajustar ligeiramente a trajectória da estação. Curiosamente, este teste também permitirá obter dados essenciais para o desenvolvimento do futuro veículo que terá por missão fazer a reentrada controlada da ISS na atmosfera, quando terminar o seu período de serviço, em 2030.
Esta demonstração é também um passo importante para os EUA evitarem a necessidade de favores da Rússia. Dado o agravamento das relações entre os EUA e a Rússia (e também entre a Rússia e Europa), especialmente após a invasão da Ucrânia em 2022, a NASA tem procurado reduzir a dependência das capacidades de propulsão russas. Esta demonstração mostrará se a Dragon pode fornecer uma alternativa para apoiar as manobras da ISS, podendo até acabar por se tornar no sistema de propulsão principal - já que existe uma cápsula Dragon acoplada à ISS de forma quase permanente - se os resultados deste teste forem os esperados.
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