A L’Autorità Garante della Concorrenza e del Mercato (AGCM) diz que os fabricantes não estão a informar devidamente os consumidores relativamente às autonomias e condições de uso das baterias dos seus EVs. E se por um lado se por argumentar que informação transparente e correcta é sempre positiva, por outro lado não se pode deixar de pensar se esta investigação não será apenas mais uma manobra "anti-carros eléctricos".
A entidade refere que um dos pontos é a aparente diversidade de valores nas autonomias, o que se torna num ponto curioso de referir, uma vez que essa autonomia é calculada de acordo com condições bem conhecidas (do ciclo WLTP). É certo que a autonomia num carro eléctrico pode variar imensamente em valor de factores externos, como a temperatura ambiente, mas se for esse o argumento, ainda a investigação melhor seria direccionada para uma revisão do procedimento de testes do WLTP. Além disso, não é como se os consumos indicativos não fossem já uma verdadeira fantasia "há anos". Praticamente nenhum carro a combustão irá cumprir com os consumos anunciados em circunstâncias de condução reais, e até agora isso parece nunca ter sido um problema merecedor de ser investigado (e bem sabemos no que resulta quando alguém se dedica a investigar as coisas a fundo - como o escândalo dieselgate).
Vai ser interessante ver que resultados e conclusões irão sair desta investigação, e de que forma poderão afectar - ou não - as autonomias anunciadas nos carros eléctricos. Esperemos que, ao estilo dos popups dos cookies e outras invenções idiotas europeias (até em coisas como a, felizmente removida, exigência das empresas dizerem que o número de telefone podia ter custos da chamada local), o resultado não seja um asterisco a dizer: "a autonomia real dependerá directamente da pressão do pé direito do condutor no acelerador".
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