Enquanto a Meta se prepara para enfrentar um caso por "pirataria" dos dados para treino dos seus modelos AI, a OpenAI aproveita a oportunidade para se tentar esquivar a tudo isso e assegurar um cartão "livre da prisão".
Depois de ter lançado um alerta de que se deve proibir todos os modelos AI chineses (convenientemente, já que dali têm surgido modelos capazes que se tornam em alternativas mais económicas aos modelos da OpenAI), a OpenAI avança com um pedido que só se torna possível nesta época de loucura global: a de que as empresas AI devam ter acesso total a todos os conteúdos protegidos por direitos de autor.
Algo que habitualmente se poderia designar por "pirataria" de conteúdos mas que a OpenAI quer reclassificar como "uso legítimo", e acenando a bandeira da ameaça chinesa para tentar fazer com que o governo ignore por completo os pedidos das entidades que detêm os ditos direitos de autor, e que nem querem acreditar no que estão a ouvir. A OpenAI diz que tal passo é essencial para que não fiquem para trás na corrida AI, e ainda tenta adoçar mais o negócio, dizendo que isto abriria o caminho para parcerias proveitosas entre o governo dos EUA e as empresas AI, dando acesso às suas tecnologias em troca de protecções legais.
Bem, se assim for, bastará ao The Pirate Bay e outros sites de pirataria passarem a designar-se como serviços de AI, e assim pode ser que passem a ter as mesmas protecções e direito de aceder e partilhar conteúdos com copyright, para que os seus utilizadores também possam efectuar os processos de "treino de AI" que bem entenderem.
Actualização: Sem surpresas, a Google também partilha da opinião da OpenAI.
Viver nestes tempos está a revelar a realidade como uma espécie daquilo que poderia ser um filme de ficção científica produzido por um grupo residente de orangotangos agnósticos dos Himalaias...
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