A proposta preliminar do orçamento da administração Trump para 2026 prevê um corte significativo no financiamento da NASA, com impacto directo no seu programa científico. A redução mais acentuada afectaria a Science Mission Directorate, responsável pela investigação em áreas como astrofísica, ciência planetária e da Terra, baixando o orçamento de $7.5 mil milhões para apenas $3.9 mil milhões.
Entre os projectos em risco estão missões altamente aguardadas como o telescópio Nancy Grace Roman, já construído e pronto para ser lançado dentro de dois anos. O documento confirma a continuação do suporte aos telescópios Hubble e James Webb, mas cancela financiamento para todos os outros. Outras missões afectadas incluem o regresso de amostras de Marte e a missão DAVINCI a Vénus. O encerramento do centro Goddard, que emprega cerca de 10 mil pessoas, também está em cima da mesa.
Especialistas da área já estão a soar o alarme, classificando estas medidas como um "evento de extinção" para o núcleo científico da NASA, responsável por descobertas marcantes nas últimas décadas - como os voos do helicóptero Ingenuity em Marte ou a passagem da New Horizons por Plutão. Apesar disso, o nomeado para liderar a NASA, Jared Isaacman, demonstrou apoio ao programa científico, embora ainda não tenha sido confirmado no cargo.
O processo está agora nas mãos do Congresso, onde se espera uma forte oposição. O receio é que os eventuais atrasos orçamentais permitam à Casa Branca impor estas medidas através de manobras administrativas. Recorde-se que Donald Trump tinha afirmado um compromisso de fazer os EUA regressar aos tempos áureos da exploração espacial, e que, segundo as suas promessas originais, colocaria astronautas norte-americanos na Lua em 2024.
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