Uma falha no WhatsApp permitia mostrar um ficheiro que aparentasse ser inofensivo mas que era executado ao tentar ser visto.
A Meta alertou os utilizadores do WhatsApp para Windows sobre uma vulnerabilidade grave que já foi corrigida na versão 2.2450.6 da aplicação. Esta falha, identificada como CVE-2025-30401, permitir a execução de código malicioso nos computadores das vítimas através de ficheiros adulterados enviados via chat.
O problema estava relacionado com a forma como o WhatsApp tratava os ficheiros anexados. A aplicação mostrava os ficheiros segundo o seu tipo MIME, mas abria-os com base na extensão do nome do ficheiro. Este conflito podia levar o utilizador a abrir um ficheiro perigoso sem se aperceber: por exemplo, pensando que estava a abrir um documento, mas na realidade ser um ficheiro executável. A Meta confirma que a falha foi corrigida e que, até agora, não há sinais de exploração activa.
Não é a primeira vez que o WhatsApp no Windows enfrenta problemas de segurança. Em 2024, foi resolvida uma vulnerabilidade semelhante que permitia a execução automática de ficheiros Python e PHP. Mais recentemente, foi também corrigida uma falha zero-click que estava a ser usada para instalar o spyware Graphite, da Paragon, nos dispositivos dos alvos, sem intervenção do utilizador.
Estes casos demonstram como plataformas populares, como o WhatsApp, se têm tornado alvos preferenciais para campanhas de ataques de espionagem. Também o polémico grupo NSO usou falhas do WhatsApp para instalar o seu spyware Pegasus em mais de 1400 dispositivos.


















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