A SkyEye é uma empresa especializada na captação de imagens aéreas recorrendo a uns curiosos quadcopters (que certamente contribuirão para o aumento de avistamentos "OVNI" nas zonas por onde passarem :) e fez uma demonstração dos seus equipamentos em Lisboa. O nosso Luis Correia - especialista em todos os gadgets voadores - esteve lá e conta-nos como foi.
Depois de várias oportunidades perdidas, os planetas alinharam-se e conseguimos estar presentes numa das apresentações que a SkyEye tem estado a fazer. As áreas de actuação deste tipo de equipamentos são imensas, e por isso facilmente se percebe o interesse que este tipo de equipamentos tem a nível das forças de segurança, militares, e também civis - obviamente.
A demonstração ocorreu junto à foz do rio Trancão e as condições atmosféricas não eram as melhores, mas mesmo assim, os pilotos consideraram que o vento a 10 nós (aproximadamente 20Km/h) estavam dentro dos parâmetros de segurança para um voo estável e seguro. Serviu também para demonstrar no terreno que tal se comportariam perante estas situações reais - onde o vento nem sempre coopera da forma que se desejaria.
A SkyEye tem pouco mais de um ano de existência e pretende ser uma empresa de referência em trabalhos especializados de vídeo e fotografia com aeronaves não tripuladas. Segundo David Mota, o Managing Partner, a solução proposta pela empresa tem um custo entre oito a dez vezes mais barato do que as opções convencionais. Tanto em trabalhos de análise estrutural de pontes, edifícios e torres eólicas, como em filmagens para fins publicitários e audiovisuais, a grande maioria de soluções ditas convencionais usa gruas e/ou helicópteros pilotados, com custos avultados.
Desde que iniciaram operações comerciais em Outubro de 2012, a SkyEye já produziu mais de 50 eventos com diversos clientes, tanto em Portugal como em Angola. A frota actual consiste nos dois drones que pudemos ver a voar e neste momento estão a terminar a construção e afinação do terceiro drone para se juntar à frota de trabalho.
Em relação aos dois modelos existentes, o quad tem uma grande estabilidade de voo e uma autonomia que ronda os 30 minutos. Pode também fazer voos programados, em que são colocados "waypoints" para que o drone siga um determinado padrão de voo, podendo no entanto ser também controlado manualmente. Embora o alcance deste drone possa ser grande, a SkyEye escolheu limitar a 500 metros a partir do local de descolagem. Isto porque esta distância é suficiente para efectuar praticamente todos os tipos de trabalhos bastante a que se propõem a fazer.
Descolagem
Embora este quad tenha um sistema de controlo remoto convencional, tem também um software dedicado, onde podemos ver um painel de controlo com telemetria e imagem da camera onboard.
O segundo drone é mais curioso, pois mantém a configuração de um quad mas usa oito hélices co-axiais. Tem uma autonomia mais limitada, a rondar os oito minutos, mas carrega um sistema giroscópico de estabilização e rotação da câmara que permite a captação de imagens com quase 360º de liberdade. De facto, este sistema permite a captação de imagens vídeo sem qualquer tipo de interferências, sendo o ideal para vídeo de alta definição.
Podemos ver mesmo no inicio do vídeo o processo de inicialização do "gimbal" de estabilização da camera.
Este quad tem caracteristicas diferentes do anterior. Em primeiro lugar, foi montado em Portugal por um dos pilotos, usando toda a sua experiência em aeromodelismo. A principal limitação do tempo de voo a oito minutos prende-se com a capacidade de carga para a camera fotográfica, que pode ir até aos 2.5Kg.
O sistema de transmissão de vídeo passa por um conversor de HDMI para vídeo composto, que depois é transmitido por um módulo transmissor de 5.8Ghz, o que permite ter mais do que um receptor para o sinal.
O controlo da posição da câmara é efectuado por um segundo sistema de transmissão, em tudo idêntico ao usado para o voo, e que normalmente é operado por um segundo elemento, aligeirando a tarefa.
Esta apresentação veio ao encontro do que eu esperava ver, equipamento topo de gama com boas características de voo para captação de imagem, pessoal profissional com um sentido de responsabilidade apurado e potencialidades para vingar no mercado.
A nível pessoal, desejo-lhes bons voos e que tudo corra pelo melhor.
Podem ver o showreel em alta definição, exemplos de fotos e todas as informações sobre a empresa em www.SkyEye.pt.
Como é feita a transmisso de video?
ResponderEliminar"O sistema de transmissão de vídeo passa por um conversor de HDMI para vídeo composto, que depois é transmitido por um módulo transmissor de 5.8Ghz, o que permite ter mais do que um receptor para o sinal."
EliminarA minha questão é que deve ser ilegal e como são uma emrpesa gostaria de saber se há maneira de legalizar isso ou como é uma area "sem fizcalização" apenas decidiram avançar enquanto a lei não é clara nestas aplicações.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarViva
ResponderEliminarAquisição de imagens em ambiente público, está devidamente regulamentado.
Se mete filmagem, e a possibilidade de "espreitar", lá do alto, o que se quer, como por exemplo a privacidade de quem está dentro dos seus terrenos privados, não sei não... espero que tenham bons advogados, para o caso de...
Nem me referia a isso mas sim à potencia do sinal para enviar o video, que para conseguir as distancias anunciadas ultrapassa de certeza os 10mW permitidos por lei.
ResponderEliminar