Nos EUA, alguns estados têm programas ambiciosos de fazer com que todos os alunos tenham um iPad para auxiliar a sua aprendizagem. Incrivelmente, parecem-se ter esquecido que estes jovens alunos são também capazes de contornar as regras em seu próprio benefício; algo que agora poderá adiar ou até por em causa a continuação deste programa.
Para evitar abusos, estes iPads eram fornecidos com perfis de utilização que limitavam o que os alunos podiam fazer com eles. Ora... coloquem-se na posição de um jovem estudante que pode levar um iPad para casa mas que não o pode usar para ir ao Facebook, ou jogar, ou usar qualquer uma das apps que deseje. Não demorou muito para que descobrissem um método de ultrapassar essas limitações, apagando o perfil "limitado", e usando o iPad na sua plenitude.
No entanto, os responsáveis pelo programa não acharam piada a esta táctica, e por agora vão limitar o uso do iPad à escola, não deixando que os mesmos sejam levados para casa.
Parece-me uma solução perfeitamente absurda e completamente contrária à que deveria ser incutida nos alunos: precisamente a de explorar e tirar o máximo partido das ferramentas à sua disposição. Qual é o mal que um aluno a quem foi disponibilizado um iPad o possa querer usar para jogar ou ir ao Facebook quando está em casa? O que é preciso que fique bem claro (e isso faz parte da educação) é que há tempo para diversão, e há tempo para trabalhar - e que quando se está na escola não será tolerado que estejam a usar o iPad para outro fim que não o de estudar.
Tentar restringir a liberdade do que se pode fazer (ainda para mais no país que tanto se auto-publicita como sendo a "Terra da Liberdade") colocando cadeados precisamente nas coisas que mais úteis seriam para o desenvolvimento dos alunos... não estou a ver como é que isso pode ser uma coisa boa.
Ainda me lembro perfeitamente de um vizinho que teve um dos primeiros videogravadores lá da rua, e que o pai protegia de forma paranóica, incluindo o recurso a um código PIN que impossibilitava o seu uso. Ora... para muitas pessoas a ideia de ter um código pin que impedia o uso de um videogravador para ver filmes poderia ser motivo para desistência. Mas, para um grupo de miúdos sem nada melhor para fazer? (Nem que fosse apenas pelo desafio!) Claro está que o código de 4 algarismos nem sequer resistiu a 1h de tentativas de códigos, e lá acabamos por dar com o código correcto.
Deixem lá os miúdos crescerem e aprenderem. E por mim, deviam procurar o miúdo que descobriu a forma como ultrapassar as restrições do iPad e dar-lhe um prémio e uma bolsa de estudo para que pudesse explorar ainda mais essas áreas. Isso sim, teria sido uma resposta à altura, e que incentivaria esse rapaz a querer grandes descobertas no futuro... em vez de lhe porem sobre os ombros o peso de eventualmente se acabar com o programa de distribuição de iPads.
Eu cá estou de acordo com o responsaveis... até pq isso deve ter custado umas boas notas e tar a dar isso de mao beijada para depois alguns alunos fazerem "porcaria" com os iPads fora da escola, era o q mais faltava... e sabe-se muito bem como é nos EUAs, depois ainda havia processos contra os responsaveis por terem deixado os meninos fazerem o q quiserem com os mesmos...
ResponderEliminarO que eles fizeram de inicio, é q foi errado. Não deveriam nunca permitir que o ipad saísse fora da escola... é obvio q os miudos qd chegaram a casa e viram q nao servia pra nada, tornaram de contornar a coisa... quem nao tentaria isso?!?