A Google mostrou um impressionante sistema de inteligência artificial chamado LaMDA, capaz de manter conversação sobre qualquer tópico.
Os actuais assistentes digitais, muito prestáveis e úteis que possam ser, depressa demonstram as suas muitas limitações assim que se tenta manter qualquer tipo de conversa. Basta tentar ir um pouco além dos comandos ou perguntas simples, para vermos que a sua suposta "inteligência" não passa de uma mera ilusão que se desmorona como um castelo de cartas. Mas as coisas poderão mudar com a chegada do Google LaMDA.
O LaMDA (Language Model for Dialogue Applications) foi criado especificamente para lidar com as conversações, tentando replicar o mesmo comportamento que duas pessoas humanas teriam, e em que os assuntos podem variar de frase para frase, ou até misturarem coisas diferentes numa mesma resposta. Os resultado, nas conversas apresentadas pela Google, são impressionantes.
No entanto, ao estilo dos textos gerados pela AI GPT-3, é fácil seleccionar os resultados mais impressionantes e deixar de lado todas as outras conversas em que a A.I. falhou por completo. Ainda assim, é bom ver esta evolução, e imaginar que daqui por uns anos o Google Assistant possa ter esta capacidade para manter uma conversa com os utilizadores.
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E assim caminha a humanidade em direção ao cada vez maior afastamento social entre seres humanos.
ResponderEliminarJá lá vai o tempo em que notícias deste tipo me deixavam admirado...
Só que isto é apenas uma leve demonstração do mundo digital totalmente impessoal, frio, calculista e carente de presença humana que os nossos filhos e netos irão herdar.
Por muito que este tipo de coisas possam parecer trazer à humanidade, parece-me que no final dos cálculos de todas as parcelas, a humanidade ficará claramente a perder...
Mas sim, tenho esperança em poder estar errado. Esperemos que sim.
Uma coisa não invalida a outra, nem sequer tem nada a ver. Não é por teres uma pessoa à frente que tens garantia de ter um serviço "humano" (veja-se como somos tratados em inúmeros serviços).
EliminarDe resto, também se dizia o mesmo com o aparecimento dos jornais, da rádio, da TV, da internet, dos smartphones, enfim, de tudo o que seja novo.
No entanto - tirando a excepção do confinamento - sais à rua e vês os restaurantes, cafés, praças, praias, etc. cheios de pessoas a socializarem "como sempre".
Muito pior será haver trabalhos em que as pessoas humanas são obrigadas a comportar-se como máquinas (centros de atendimento telefónico, por exemplo), muitas vezes sofrendo constantes abusos psicológicos ao lidarem com os ditos humanos.
Não discordo mesmo nada acerca da autêntica escravidão a que tantos cidadãos (muitos com qualificações acima da média) estão sujeitos na atualidade ao serviço das grandes multinacionais (curioso em como são precisamente os grandes que mais abusam)...
EliminarMas estou mesmo muito cético quanto ao verdadeiro benefício que este tipo de tecnologias vem trazer aos nossos filhos e netos...
Estou cada vez menos capaz de acreditar que o futuro será "brilhante e maravilhoso"...
(Ou, vá lá, para os acionistas dessas empresas, certamente que deverá ser...
Mas, e "nós"?