Quando foi a última vez que se preocuparam com o sistema operativo utilizado pelo vosso televisor? Quando foi a última vez que se preocuparam com o sistema operativo utilizado pela vossa câmara digital, leitor de MP3, relógio, ou frigorífico?
Será possível antever um futuro onde seja essa pergunta se torne igualmente irrelevante para os "computadores"?
... Acredito que sim, e o Chrome/Chrome OS do Google será - não o primeiro - mas um passo importante nesse sentido.
Passei por uma pergunta curiosa no Twitter: "Onde está o shutdown no Chrome OS?"
E isso fez-me lembrar... realmente... porque motivos temos nós que "fazer shutdown" ao nosso computador?
Pode parecer estranho, mas eu ainda sou do tempo onde desligar um computador era feito *desligando* um interruptor e pronto!
Só depois com as modernices dos sistemas operativos mais "avançados" é que lá nos fomos habituando a ter que pedir "por favor" para desligar o computador. Claro que no casos dos Unix/etc, preparados para multi-utilizador o caso é diferente, e faz sentido todo o processo de "shutdown", mas para a grande maioria dos utilizadores, o PC devia ser o nosso escravo e não o contrário! Devíamos poder puxar a ficha da tomada a qualquer momento, e ele que se desenrascasse... que se auto-recuperasse como bem entendesse - o essencial é que teria que estar novamente pronto a funcionar quando o ligássemos novamente.
Espero bem que o Chrome venha transformar o PC (e não só, já que tendo um browser estilo "Chrome" em qualquer dispositivo: seja ele um televisor, frigorífico, automóvel, telefone - também ele se tornará num "PC") de forma a que seja uma aparelho de "ligar, usar, desligar". Sem termos que nos preocupar com chatices de como ou quando o ligamos e desligamos, de procurarmos updates ou actualizações para anti-virus, etc. etc.
(E com tudo isto, quem fica com a vida dificultada são empresas como a Splashtop, que têm tentado fornecer o mesmo tipo de serviço.)
Até o próprio Sergey Brin aponta para uma convergência entre o Chrome OS e o Android, mais um passo que ajudará a transformar o browser no interface com que interagimos com tudo.
Uns queixam-se que o Android se vai fragmentando (e com alguma razão) - afinal não é simples evoluir sem, mais cedo ou mais tarde se ter que tomar uma decisão: abandonar o suporte dos modelos anteriores, ou ir arrastando essa retro-compatibilidade e impedir a evolução possível. Todos passam por isso: a arquitectura x86, que nos persegue desde os tempos do primeiro "PC"; os Nokia e o seu Symbian... e eventualmente até o iPhone - que não poderá permanecer indefinidamente indiferente às evoluções que os concorrentes vão lançando (maior resolução de ecrã, etc.)
Não é simples lidar com essas mudanças previsíveis - e ainda menos com as imprevisíveis que podem surgir a qualquer momento - mnma das soluções, que me parece a mais viável e possível nos próximos tempos: as web apps.
É inevitável... os programas vão evoluindo... os formatos proprietários vão-se extinguindo, e todos os nossos documentos vão ficando obsoletos e inutilizáveis. Formatos outrora "standard" e que todos acreditavam durar uma vida são agora perfeitos desconhecidos para a grande maioria das pessoas.
O processo de trocar/fazer upgrade de computador... A chatice que é transferir todos os vossos preciosos dados... e em que inevitavelmente se esquecem de guardar algo importante.
Não seria muito mais simples fazer simplesmente um login e "magicamente" terem tudo ao vosso dispôr? Todas as vossas "apps" e dados, acessíveis em qualquer desses novos dispositivos a poucos teclas e cliques de distância...
Em vez de terem dados em arquivos "mortos", toda a vossa informação estaria permanentemente "viva".
Quando uma App fosse actualizada, também os vossos dados o seriam... e dificilmente se correria o risco de ficarem para sempre fechados num formato que fosse esquecido.
Veremos de que forma este Chrome(OS) terá mudado o panorama, por altura do Natal de 2010. Até lá, podem sempre brincar com ele arrancando-o de uma pen USB... e como prometido, arranca em poucos segundos. :)
Tive uma professora de introdução a informática, pela altura dos DX486 que insistia que estragava o PC se após sairmos do Windows 3.11 não escrevêssemos os seguintes comandos:
ResponderEliminarcd\
cls
@andre LOL
ResponderEliminar@Carlos la fiz o DD, mas n ta a arrancar aki num toshiba.
diz no system found :S.
bou boltar a fazer o DD.
E se o serviço de internet falhar?
ResponderEliminarImaginemos que a operadora diz que há uma falha no local e que demorará ainda alguns dias a restabelecer a normalidade. Um web-OS não servirá para nada... nem para escrever ou ouvir uma musiquita.
Lá se terá de usar os OS normais e ficar sem dados nenhuns...
E os videos e filmes? Como será que funcionam? Faz-se o upload para a conta do web-Os ou teremos de os ter armazenados externamente?
O ChromeOS reconhece qualquer tipo de formatação de discos externos?
Quando começo a pensar muito num Web-OS saltam-me cenas dessas ao juízo...
Não estou a fazer pouco do Chrome OS, até porque me sinto ignorante perante ele, contudo acredito que os web-OS serão a evolução natural do que é um sistema operativo. E este teu artigo é bastante valioso para se perceber as direcções que podem vir a tomar.
de q te serve hoje um PC sem net?? ora diz la?
ResponderEliminarà duas semanas colokei Ubuntu num portatil para o meu pai, e dps de lhe expicar como era, pergunta me ele: "e agora o q faço? n tenho aqui os meus documentos nem favoritos"
ou seja sem os docs nem net, um PC n serve para mt.
qt a n ters net, tem sempre cache no COS.
ja faço o mm no meu android, qd n ha net, uso os contactos, calendario, mail, etc q tao em cache
Não. O ChromeOS (e atenção que estou a usar o "ChromeOS" como nome genérico para qualquer OS deste tipo) permite funcionar em modo offline. Tal como já o podes fazer com o Gmail, Greader, etc. com o Gears.
ResponderEliminarTerás sempre uma "cache" local que é depois sincronizada quando tens acesso. (Eles referiram isso expressamente, para ver vídeos e ouvir musicas sem precisares da ligação à net - já para não falar que terás sempre a hipótese de ver/correr conteúdos a partir de armazenamento local)
As tais WebApps poderão usar o mesmo tipo de processo para minimizar os inconvenientes enquanto "offline".
No entanto, é preciso não esquecer que mesmo num OS tradicional, hoje em dia é "fundamental" o acesso à net. Cada vez mais gente usa o computador apenas para aceder à net, e se não tem net, então o PC parece tornar-se num pisa-papeis inútil...
Portanto, como em tudo, há sempre vantagens e desvantagens. Mas num "WebOS" bem concebido, há muitas hipóteses de se dar grande valor às vantagens e reduzir ao mínimo os inconvenientes e desvantagens.
É verdade sim.
ResponderEliminarSem net pouco se faz a certos níveis. Acho mesmo que ao nível pessoal é impossível actualmente.
A um nível profissional e produtivo, que não envolva a net directamente, aí já se torna secundário ter ou não a net (que principalmente serve para desviar a atenção ao serviço que fazemos -neste momento já...).
Mas já que pensamos nisso... ainda desconfio que um dia será quem dá o serviço de sistema operativo, a net também.
Passará a Google também a Telecom mundial?
É que só falta mesmo isso...
N tas em erro Paulo.
ResponderEliminarainda esta epoca festiva o Google ofereceu net nos aeroportos norte americanos.
para alem do leilao da FCC aonde tentaram comprar slots de espectro para "dar" net (em troca de PUB).
Eles tem colocado servidores de proximidade nas grandes cidades e tem planos para comprar ISPs.
n te admires mt
Sim, não me admiraria nada...
ResponderEliminarE atenção que, lá por ser apologista deste tipo de coisas, não quer dizer que também não tenha as minhas preocupações com todas as questões que uma coisa deste tipo envolve.
Mas há que não agir com alarmismos. Muitas das coisas que muitos detractores apontam à cloud e a todo este poderio que o Google vai tendo, são já possíveis e feitas por outras entidades, mas de forma mais encoberta.
Os operadores de telemoveis sabem a nossa localização, os seviços bancários sabem onde/quando/como gastamos o nosso dinheiro, os automoveis cada vez frequentemente trazem sistemas GPS com ligação a "centrais" (e a UE quer que sistemas desses se tornem obrigatórios nos próximos anos.) Portanto, de uma forma ou de outra, a questão da privacidade estará sempre "ameaçada" em muitos aspectos, e culpar unicamente "o google" é apenas dará uma falsa ilusão de segurança.
É que, se todos esses dados estão a ser guardados e analisados, prefiro 1000x que tal seja feito por alguém que o admita publicamente e os disponibilize de acordo com termos bem definidos - em vez de ficarem na escuridão dos bastidores, sem que se saiba o que fazem com tudo isso.
(Mas isto são outros assunto, que dão pano para mangas! :)
O ChromeOS tem potencial. Ms sinceramente para já não me parece nada de especial. O problema é q para um OS q se ker orientar para já ao mercado de Netbooks existem opções com bem mais capacidades. E no final do dia grande maioria das pessoas ker flexibilidade e não limitações. Sim usamos mto aplicações web, ms tb usamos mtas outras q não são viáveis nem keremos nós k corram na cloud. A meu ver o SO Jolicloud me parece melhor q o Chrome OS. Isso pq não só integra bem com aplicativos na web como o Gmail o Facebook etc, ms tb tira partido de aplicações locais como Skype, VLC para oferecer o melhor dos dois mundos. Não estou a dizer com isto q o Chrome OS não oferecerá as mesmas capacidades, ms tb no caso do Jolicloud não está limitado apenas a aplicativos do universo da Google.
ResponderEliminarMais um aparte. Para ser mesmo sincero. Nem o Chrome OS nem o Jolicloud servem para o meu Netbook. E porque? Porque bem melhor ter logo um Netbook com um sistema robusto e com montes de aplicativos como Windows 7 ou Ubuntu. Kero integração com redes sociais? Simples. Instalo umas widgets ou outro tipo de aplicativos q oferecem a mesma capacidade e já está.
ResponderEliminarEstamos a falar de cenários possíveis para o futuro - e nenhum deles envolve que o Chrome seja obrigatório, ou que deixem de haver alternativas e outros OS.
ResponderEliminarPara todos os efeitos é preciso não esquecer que o Chrome OS é um "OS normal" (Linux) apenas com um Chrome como interface principal para o utilizador.
A experiência será igual em qualquer OS, e -espera-se- em qualquer browser moderno que implemente os standards (existentes e futuros) de forma eficiente.
O que eu "imagino" é que todo o tipo de aplicações locais, como o Skype/VLC/etc, possam muitos simplesmente e rapidamente passar para dentro da janela do browser. Há anos que temos voice chat a partir da web (via java/flash/plugins) e para vídeo então... nem é preciso dizê-lo (claro que faltam as prometidas acelerações por hardware que agora começam a surgir.)
Foi como disse - daqui por um ano veremos de que forma o panorama mudou (ou não!) e se o Chrome/OS teve alguma influência. :)
Acho que estão a saltar um pormenor essencial.
ResponderEliminar- O Chrome OS é, essencialmente, para dispositivos em que a função principal é o acesso à net, como os smartphones. Liga-se carrega-se no Chrome (o browser) e já está.
- Num computador normal (não sei se será assim tão normal, mas mais parecido com o que chamamos hoje um computador pessoal) é para usar em dual-boot. Qual é a espiga, há alguém, hoje, que não tenha dual-boot ? Quer partir para a internet (deve ser para aí 80% do uso de um computador pessoal)com arranque rápido ? Chrome OS + Chrome. Quer trabalhar ou jogar, usa a porcaria do outro SO (Windows, MacOS ou Linux).
Sim anónimo, acredito q isso é o q vai acontecer q mts power users, se os seus OS primarios n reduzirem o tempo de boot.
ResponderEliminarEu pelo menos tou a considerar seriamente criar uma partiçao de 4GiB e colocar la o ChromeOS para akelas alturas de desenrraske.