Ninguém duvidará que o sector mobile se torna cada vez mais um alvo atractivo para todo o tipo de atacantes, e desta vez os investigadores ultrapassaram por completo a habitual vertente de ataque (falhas de segurança do sistema operativo e/ou Apps conhecidas) e apontaram armas a um dos componentes base do telemóvel: o baseband processor.
Um smartphone é composto de múltiplos componentes, e o baseband processor é o módulo responsável pela parte das comunicações. Tal como qualquer outro processador, também este módulo tem um firmware e corre um programa. Embora este tipo de chips tenha um funcionamento muito mais obscuro (não é fácil encontrar dados sobre eles) e obrigue a maiores artimanhas técnicas, também ele está vulnerável a falhas de segurança - que neste caso ultrapassam por completo toda a segurança que possa existir no sistema operativo principal.
Este tipo de ataque ainda tem um grande entrave, já que obrigará o atacante a fazer passar-se por uma "célula" de comunicações para que o telemóvel esteja "à escuta", mas uma vez que o custo de simular uma célula (dantes seria coisa que custaria várias dezenas de milhar de euros, para além de todo o avançado conhecimento técnico) tem descido drasticamente nos últimos anos, pelo que se torna cada vez mais acessível e atractiva para os interessados. Daí que este tipo de ataque poderá tornar-se algo bem mais preocupante no futuro.
Os investigadores pretendem demonstrar este tipo de ataque na próxima semana, fazendo com que iPhones e Androids sejam remotamente activados e transformados em aparelhos de escuta sem que os seus donos disso tenham conhecimento.
2011/01/20
Smartphones enfrentam nova vertente de Ataque
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