No episódio de hoje das questões dos direitos de autor, há um processo nos EUA que poderá ter consequências verdadeiramente aterradoras para os produtores de filmes pornográficos.
Um caso igual a tantos outros, em que uma companhia "dispara em todas as direcções" tentando aliciar potenciais piratas a que resolvam o caso mediante o pagamento de alguns poucos milhares de dólares em vez de irem para tribunal sujeitando-se ao pagamento de milhões pelos downloads ilegais supostamente efectuados - mas que neste caso não funcionou como era pretendido.
Liuxia Wong resolveu contratar um advogado especializado neste tipo de casos, e que não só rebateu as acusações dizendo que o filme em questão nem sequer tinha sido lançado na altura em que o suposto download terá sido feito (o que já seria suficiente para tornar o caso caricato) - como vai mais longe e põe em causa a possibilidade de se deter direitos de autor sobre filmes pornográficos!
É que na Constituição dos EUA, na cláusula dedicada aos direitos de autor, estes destinam-se a "Promover o Progresso da Ciência e Artes úteis, garantindo aos seus Autores e Inventores os seus direitor por tempo limitado".
Ora, na Califórnia já foi decidido que trabalhos obscenos não promovem o "Progresso da Ciência ou Artes úteis", o que assim poderá invalidar a pretensão de direitos de autor.
É mesmo caso para relembrar o velho mas saudoso remate final de Fernando Pessa: "E esta, hein?"
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