2013/03/23

Smartphones com Vidro Safira


Digam lá se não morrem de medo de deixarem cair o vosso precioso smartphone e, não obstante toda a resistência anunciada por materiais como o Gorilla Glass, verem o seu ecrã estilhaçar-se? Os smartphones muito têm evoluído (basta olhar para a mais recente geração de equipamentos, que se dá ao luxo de ter ecrãs FullHD!)... mas a nível de resistência há ainda muito por fazer até que se chegue ao ponto de podermos tratá-los despreocupadamente e sem entrar em pânico em caso de queda.

Os fabricantes de vidro como a Corning têm feito o que podem, e vão anunciando melhoramentos que tornam os seus vidros mais resistentes, finos e flexiveis. Mas no que toca a resistência bruta, nada chega ao vidro safira, material que é usado nas "janelas" de viaturas blindadas, e que mais facilmente poderemos encontrar a proteger relógios de pulso de qualidade.

A Safira é um material extremamente resistente (só sendo superada pelos diamantes), mas também é caro. Mesmo no caso de Safira produzida artificialmente, o seu custo relativamente a vidros como o Gorilla Glass é cerca de dez vezes superior ($30 vs $3, no caso de um ecrã de smartphone). No entanto, o aumento da concorrência no sector faz antever que esse preço possa baixar nos próximos anos, e mesmo se nunca ficará ao nível do vidro normal, poderá chegar a um nível em que se torne elemento atractivo e diferenciador para equipamentos topo-de-gama.

Por exemplo, a Apple já usa vidro safira para protecção da câmara no iPhone 5. Será assim tão descabido que num mercado onde o hardware já deixou de encantar o mercado, os fabricantes se devam virar para outras coisas como forma de atrair e cativar os clientes? Enquanto as míticas baterias milagrosas que nos dêem autonomias de semanas não aparecem, parece-me que a proposta de um ecrã (quase) verdadeiramente inquebrável bem que justificaria pagar mais uns euros face a outro modelo sem vidro Safira. Que vos parece?

4 comentários:

  1. Não faz sentido se a diferença de preço for enorme. Pela constante alteração de modelos e rapidez na evolução da tecnologia, não estará muito distante o dia em que nem serão precisos vidros (holografia). E até lá o Corning faz bem o seu papel.

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    1. Não não fez, alem do mais precisamos de aparelhos mais resistentes hoje, se meu aparelho cair no chão não vou ficar contente pensando "puxa, perdi uma boa centena de dólares, não faz mal um dia quem sabe isso não será problema" .......

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  2. Mas essistem outras soluções, temos hoje uma centena de polímeros baseados em carbono usados na aeronáutica e em veículos militares que são absurdamente resistentes e baratos, basta boa vontade das fabricantes em trazer esse tecnologia para o publico.

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  3. Quando li o texto fiquei intrigado com a menção à resistência do diamante.
    De facto, apesar de ser o mais duro mineral a resistência ao choque/pancada é bastante fraca pelo que calculo tenhas colocado "resistente" atendendo a riscos. Assim, embora um "vidro" em diamante possa dificilmente ser riscado de facto um pequena pancada/choque poderá facilmente reduzi-lo a estilhaços ou a pó!
    Convém sempre separar as águas - diamante é o mineral mais duro (mais resistente a riscos) mas também é um dos mais frágeis (menos resistente a pancadas/choques). Assim, o uso de "resistente" deve ser evitado salvo quando se indica a que tipo de resistência te estás a referir.

    Outra coisa totalmente diferente é produzir "vidros" com base na estrutura de minerais como o diamante, safira ou zircónia em que adicionando outros pózinhos se consegue obter não só "vidros" resistentes a riscos como também a choques.

    @braço.

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