2013/10/06

O realismo do Ultra HD


Já partilhei convosco a "loucura" que é estar a ver imagens Ultra HD ao vivo (não só as imagens "4K" que agora comecem a tornar-se no novo fenómeno pós-FullHD, como também as "8K"!) e por isso mesmo consigo entender perfeitamente o que alguns especialistas da indústria têm dito a propósito desta nova geração de alta-definição que está para chegar.

Se é inegável que as imagens em FullHD representaram um enorme avanço face à "baixa-definição" que tínhamos anteriormente, continua a ser discutível se essa melhoria foi tão marcante quanto a transição dos suportes analógicos para os suportes digitais (ou seja, dos VHS para os DVDs). Hoje em dia torna-se impensável acreditar que em tempos víamos filmes em cassetes VHS, e qualquer pessoa é capaz de notar as diferenças quando "salta" para um DVD. No entanto, passarem de um DVD para um Bluray, é algo que continua a ser melhor... mas que para muitas pessoas poderá já não ser "significativo" - a não ser que estejam a ver o resultado num ecrã de grandes dimensões. (É preciso não esquecer que a maioria das salas de cinema digitais que temos por aí projectam imagens a 2K - basicamente, a mesma resolução que temos num disco bluray e num televisor Full HD.)


Poderá por isso pensar-se que o UltraHD não virá trazer "muito mais" face ao que temos. Mas... a verdade é que esta transição poderá vir a ser tão significativa como a tal passagem do VHS para o DVD.

Como em todas as novas tecnologias, há ainda muita coisa que está a ser feita de forma experimental. Por exemplo, há que dê uso à imensa resolução dos ecrãs 4K para mostrar eventos desportivos em multi-câmara - o que, tendo em conta que cada quadrante tem uma resolução FullHD, já dá que pensar. Mas a diferença mais significativa, é que nestas resoluções, começa-se a desaparecer a noção de que estamos a olhar para um ecrã... e mais parece estarmos a olhar para uma janela.

Lembram-se daquela publicidade da LG do fim do mundo? Alguns criticaram que seria imediatamente perceptível que se trata de um ecrã... mas eu disse logo que, tendo visto imagens Ultra HD ao vivo... não me surpreendia que aquilo tivesse passado por real. Há especialistas que comprovam esse efeito, que mesmo sem informação 3D, a nitidez e realismo das imagens é suficiente para que o cérebro processe o que vê como sendo real e não uma imagem num ecrã.

Nesse aspecto... o futuro do cinema e televisão irá aproximar-se cada vez mais da experiência que temos quando vemos uma peça de teatro, em que temos coisa "reais" à frente dos nossos olhos. Claro que no caso do Ultra HD... não há necessidade de que a realidade que vemos seja verdadeiramente real! :)

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