2013/11/13

Google lança Portable Native Client para uma web mais potente e universal


Já temos visto inúmeros exemplos de coisas incríveis que é possível fazerem-se dentro de uma janela de um browser, mas agora o Google dá mais um passo em frente no sentido de levar todo o tipo de programas para a web - sem que se possa colocar o habitual "mas" que diz respeito à redução de desempenho que lhe é normalmente atribuído.



O Native Client (NaCL) é uma tecnologia que permite executar código "nativo" dentro de uma janela do browser, e tem sido a solução proposta pelo Google para resolver o problema do desempenho das aplicações. Enquanto outros projectos têm apostado no desenvolvimento e aceleração do javascript, com o Native Client dispensa-se o passo intermediário de interpretação, compilação e execução do Javascript, obtendo um desempenho idêntico ao que se teria ao correr um programa nativo instalado no equipamento utilizado.

Mas este tecnologia tinha um inconveniente: tal como um programa feito para Windows não pode ser executado num Android, os programas em Native Client tinham que contemplar uma versão diferente para cada diferente arquitectura de processador. O que fazia mesmo falta era algo mais universal... e assim nasceu o Portable Native Client (PNaCL) que agora parece finalmente começar a ficar em estado utilizável depois de anos de desenvolvimento.

O "Portable" é a parte essencial, já que isto significa que um único programa passa a poder ser executado em todo o tipo de equipamentos, independentemente do processador ou arquitectura que usar: o mesmo programa poderá ser executado num CPU Intel i5, em 32 ou 64 bits, ou num ARM, ou em qualquer outro dispositivo que tenha um browser compatível com código PNaCL. De momento isso resume-se ao Chrome, mas outros fabricantes poderão facilmente incluir o suporte para este tecnologia se assim o desejarem, para além de que é possível recorrer ao pepper.js para transformar os programas em aplicações javascript compatíveis com os restantes browsers.


De certa forma poderemos dizer que este PNaCL acaba por ser o Java duma nova geração de browsers, mas (espera-se) ocupando menos recursos e tendo menos problemas de segurança que não levem a que seja aconselhado nem sequer o instalar a não ser que precisem mesmo de o fazer. Sendo eu um apologista da web enquanto forma de distribuição universal, há muito que esperava que o PNaCL começasse a ganhar protagonismo... vamos lá ver se isso começa finalmente a acontecer. E se já tiverem o mais recente Chrome instalado, não deixem de espreitar as demos com vários exemplos do que é possível fazer-se.

2 comentários:

  1. "De momento isso resume-se ao Chrome, mas outros fabricantes poderão facilmente incluir o suporte para este tecnologia se assim o desejarem, para além de que é possível recorrer ao pepper.js para transformar os programas em aplicações javascript compatíveis com os restantes browsers."

    Isto quer dizer que enquanto que o Chrome utiliza o tal PNaCl, os outros browsers utilizam javascript? Isto é tudo menos universalidade, isto é um monopólio...
    Enquanto que a Mozilla está a fazer de tudo o que se possa imaginar para tornar a web um local aberto sem recorrer a código proprietário e em que tudo seja utilizável em qualquer browser, sistema operativo ou ainda arquitectura de processador.

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    1. Para além são as palavras chave dessa frase. Ou seja resume-se ao Chrome porque os outros fabricantes ainda não o implementaram e para esses os developers podem recorrer ao pepper.

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