A ASUS tem apostado em todos os segmentos, e conta com uma oferta bastante diversificada que visa dar reposta a todos o tipo de utilizadores e necessidades. O Luis Costa teve a oportunidade de testar o novo MeMO Pad HD 7 e diz-nos o que achou.
A Asus tem um já longo historial no segmento dos tablets. Começou por apostar num formato inovador, o Transformer, tendo posteriormente melhorado o produto a cada nova geração, culminando com a gama Infinity. Paralelamente, apostou noutros conceitos como o PadPhone, e PhonePad, diversificando assim a sua carteira de produtos nesta área de negócio.
O tablet convencional, talvez embalado pelo sucesso do primeiro Nexus 7, teve direito a uma aposta (envergonhada) no segmento dos low-cost. O primeiro MEMO Pad 7, chegado a Portugal no primeiro trimestre de 2013 era um equipamento com hardware desfasado no tempo, não sendo por isso particularmente interessante. Com este MEMO Pad HD 7, a Asus procura corrigir a mão. Será que o conseguiu?
O tablet apresenta-se numa caixa de cartão. Vem protegido por um invólucro de plástico em forma de bolsa. Por baixo do tablet encontramos o carregador, respectivo cabo USB e a documentação de referência.
Principais características técnicas
- CPU Quad-Core - 1.2 GHz, MediaTek MT8125 (4 x Cortex A7)
- Memória - 1GB
- Armazenamento - 8GB/16GB com 16GB de ASUS Webstorage (durante 1 Ano)
- Câmaras - 1.2M Pixel Câmara Frontal, 5M Pixel Câmara Traseira. 0.3 e 2M Pixel na versão de 8GB
- Autonomia - 10 Horas
- Dimensões - 196.8 x 120.6 x 10.8 mm
- Peso - 302g
Na traseira, temos uma câmara em cima ao centro, e as colunas de som em baixo.
Ao pegar no tablet pela primeira vez, estranhei o seu toque. Depois de uma breve análise conclui que se devia ao facto de as laterais não serem arredondadas, mas sim com arestas bastante marcadas (a imagem do microSD a cima, ilustra bem esta situação). Note-se que este tipo de construção não é desconfortável... é simplesmente diferente do que é habitual.
O MeMO Pad HD 7 está disponível em 5 cores: branco, azul, verde, rosa e cinzento.
O ecrã
Esta é uma área onde os equipamentos low cost normalmente pecam por defeito. É "no ecrã" do MemoPad que está uma das concessões. A Asus prescindiu do sensor de luz que permite um ajuste automático do brilho do ecrã.
Pese embora esta falta, a Asus soube corrigir os equívocos da versão inicial e apresenta um ecrã de boa qualidade, muito semelhante ao do Nexus 7 (2012), com os mesmo dpi. Como passou a ser hábito nos seus equipamentos Android, a Asus disponibiliza uma aplicação para ajustar a temperatura e saturação das cores.
Câmara
O MEMO Pad HD 7 tem duas câmaras. No caso do modelo que testámos, 1.2MP e 5MP. A câmara frontal é suficiente para Skype ou Hangout, a traseira, tira fotos com razoável qualidade, desde com boa iluminação. Resumindo, cumpre os serviços mínimos.
Software
A Asus, e bem no meu entender, não modifica muito o Android. Acrescenta algumas (poucas) alterações ao layout original, sendo no menu drop down que estão as maiores diferenças.
Ao invés de dois menus, temos apenas um que junta as notificações aos atalhos rápidos.
A barra de ajuste do brilho acaba por reduzir o impacto da ausência do sensor de luz.
A lista de aplicações instaladas de fábrica é que já começa a ser extensa.
- Asus Launcher
- MyLibrary
- File Manager
- Kindle
- Zinio
- SuperNote Lite
- App Backup
- App Locker
A estas ainda há que juntar o Asus Artis, Splendid, Story, Studio, To-Do, Audio Wizard, BuddyByzz, Mirror, MyBitCast e Web Storage.
Isto leva a que o numero de contas num tablet acabadinho de estrear seja considerável. O BuddyBuzz é um dos grandes responsáveis. Se não o utilizarem...
Outro dos bons exemplos conseguidos pelas modificações que a Asus é a selecção de texto que fica muito mais facilitada. (Já era tempo do Google rever este ponto...)
Tem sido norma em quase todos os testes que tenho realizado a equipamentos da Asus, e desta vez, não houve excepção à regra: acabam por ser lançadas actualizações.
Pena é que com o passar dos meses, os updates começam a demorar mais tempo a ser disponibilizados.
Em funcionamento
O MT8125 porta-se bem. É capaz de desempenhar a sua função sem grandes percalços. Comparativamente ao Tegra 3 do Nexus 7 2012, pode-se dizer que é "ela por ela". A maior diferença está na detecção do toque, onde é necessário exercer maior pressão no ecrã do que é habitual.
A versão Android não é a mais recente (4.2.1, à altura da realização dos testes), mas tal facto não tem grande impacto na prestação do equipamento.
Dos 16GB iniciais, temos cerca de 12GB disponíveis. Como referimos, o número de aplicações que vêm pré-instaladas é significativo. Se não as utilizarem, podem sempre tentar desinstalar as que não utilizem.
O MeMO Pad HD não é, nem pretende ser um puro sangue. Para essa categoria existem ouros pretendentes.
Este é sim um equipamento para competir no segmento low cost, e é à luz desta classificação que deve ser analisado.
O ecrã era uma das principais limitações do primeiro modelo. Corrigida esta situação, actualizado o CPU para um MediaTek MT8125 ( em lugar do VIA WM8950, single core a 1GHz), o tablet ganhou outra vida.
Comparativamente ao Nexus 7 2012, acaba por não perder muito em termos de experiência de utilização.
Tem um PVP de 179€ para a versão de 16GB o que o torna numa potencial aquisição para todos os que pretendem adquirir um tablet, mas não querem chegar aos valores do Nexus 7.
Asus Memo Pad HD
Prós
- Melhoria do hardware face à primeira versão
- Conjunto equilibrado
- Preço
Contras
- Ausência de sensor de luz
- Sensibilidade ao toque
Galeria de Screenshots
Uma boa análise de um bom tablet, tendo em conta o seu custo. Para mim o ponto forte (fortísssimo, até, mesmo face a outras opções mais caras) é a imagem do ecrã. Quanto aos pontos fracos, a menor qualidade do touch, que chega a ser irritante, e a ausência de micro hdmi. Mas por 149€, temos de ser honestos, não se poder exigir que apresente características de um topo de gama.
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