2014/07/13

Ritot - um smartwatch projectado no pulso


Nalguns filmes e séries vemos os personagens a interagir com interfaces que lhes surgem projectados nas mãos. Agora, a ficção começa a tornar-se realidade, se este projecto - Ritot - que chega ao Indiegogo se vier a concretizar como anuncia.

O Ritot consiste numa bracelete que tem um pico-projector, projectando as horas e notificações do vosso smartphone directamente na vossa mão. A ideia é bastante interessante, e poderia ser uma forma de apresentar conteúdos de dimensões generosas sem nos obrigar a carregar um smartwatch de tamanho gigante no pulso. No entanto, mesmo recorrendo a tecnologia de projecção que tem por base coisas existentes, há alguns aspectos que aconselham cautela.

Para começar, não nos é apresentando nenhum protótipo, mesmo que em estando muito inicial, que nos permita avaliar quais poderiam ser os resultados reais deste sistema. Sabendo-se que os pico-projectores têm sérias dificuldades em se tornar visíveis em ambientes com alguma iluminação, fico bastante céptico quanto à capacidade desta bracelete conseguir projectar algo minimamente visível no exterior, num dia de Sol. Isso talvez pudesse ser possível se usassem um laser como fonte luminosa, mas o facto de dizerem que a cor da projecção é configurável faz-me suspeitar que não seja o caso.

Por outro lado, é preciso estar consciente de que se trata de um dispositivo meramente de projecção: não poderão interagir com aquilo que (eventualmente) vos for projectado na mão. Não poderão tocar na mão para escolher opções, ou "escrever" num teclado virtual que pudesse ser projectado. A pulseira tem unicamente um único botão touch que é usado para interagir com ela, e... é só isso.

Mas, não é por isto que deixa de ser um projecto engraçado e que nos faz ter bastante curiosidade para ver que tal se concretiza. Esperemos que seja bem sucedido e o resultado final supere todas as expectativas.

O Ritot custa $120 (já com portes incluídos para todo o mundo) e as entregas estão prometidas para Janeiro-Fevereiro de 2015.

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