Depois de todas as campanhas mediáticas, o Google parece ter deixado cair os seus Google Glass no esquecimento - mas isso não significa que não haja outros interessados em criar óculos digitais que poderão ir ao encontro daquilo que as pessoas realmente esperam desta tecnologia.
Embora os Google Glass se tenham tornando no exemplo mais mediático de óculos digitais, a sua utilização poderá ficar bem aquém das expectativas. O objectivo do Google foi criar um produto que não se tornasse intrusivo, e isso faz com que o Glass disponha apenas de um pequeno ecrã que se pode ver no canto do olho - não permitindo fazer coisas como se vê nos filmes, em que vemos gráficos digitais aparecerem sobrepostos sobre o mundo real.
Mas é precisamente isso que faz estes ODG R-7, que na verdade é um protótipo da plataforma de desenvolvimento para óculos digitais da Qualcomm. Estes óculos são ainda um pouco volumosos (e aquecem bastante), mas tendo dois ecrãs transparentes que estão colocados à frente dos olhos permitem criar imagens de realidade aumentada projectadas sobre o mundo real - numa das demonstrações fazendo com que um mapa topográfico em papel adquirisse uma verdadeira representação 3D dinâmica, mudando em função do nosso ponto de vista.
E não se pense que estamos a falar de um sistema que não é capaz de fazer "muita coisa". Estes óculos usam um Snapdragon 805 a 2.7 GHz, podem ter até 4GB de RAM e 128GB de Flash, têm dois ecrãs HD 720p transparentes a 100Hz, câmara frontal de 5MP, e bateria de 1400mAh que se encontra dividida em duas, uma em cada haste.
Portanto, não se acomodem muito aos vossos smartwatches... daqui por mais alguns anos poderemos ver toda essa informação projectada directamente em frente aos nossos olhos. :)
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