Lembram-se de eu vos ter dito que a "derrota" dos jornais alemães no caso contra o Google apenas seria um prenúncio de uma nova ofensiva no futuro? Pois bem, aqui está ela, e o objectivo é separar o serviço de pesquisa do Google dos seus restantes serviços, diminuindo o seu poder.
A proposta para esta obrigação de fragmentar o Google (e que parece estar prestes a ser aprovada) parte de um membro alemão do Parlamento Europeu, e por muito que não se queiram "ligar os pontos" torna-se no mínimo suspeito que este mesmo senhor - um tal de Andreas Schwab - também trabalha para a empresa de advogados que defendeu vários editores alemães na luta contra o Google.
Nos EUA, isto constituiria conflito de interesse e não seria possível, mas aqui na Europa parecemos ser mais adeptos de que a "seriedade" das pessoas não será afectada pelas suas potenciais ligações. Seja como for... da suspeita nunca se livrará, e pouco poderá fazer para assegurar que tenha tido total isenção nesta sua proposta.
Bem que seria agradável ver a internet livre de "politiquices"... mas infelizmente parece que não vai ser possível. Resta-nos a esperança de que a próxima geração de políticos, que conheceu a Internet desde que nasceu, possa fazer um completo "reboot" à classe política e ser mais adepta às mudanças (essenciais e inevitáveis, por muito que se tente adiá-las). Até lá, só nos resta ir combatendo da melhor forma propostas como esta - e a nossa famosa "PL118" em qualquer uma das suas novas roupagens ou versões.
Esse "reboot" não deve acontecer tão cedo.. Por muito que se renove com sangue da "nova geração", as políticas e costumes e interesses já estão tão enraizados que depois de entrar naquele círculo, é difícil ter outra visão que não a que eles querem que se tenha.
ResponderEliminarCarlos, se há país em que o conflito de interesses entre a política e os negócios privados existe, esses país é precisamente os EUA. Isso é tão patente que até é legal (lobbying)!
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