2015/02/02
Google deixou de se preocupar com a preservação do passado?
Os tempos mudam... as empresas também. O Google teve início com aspirações de compilar e organizar toda a informação existente, de modo a que ficasse disponível para todos. Mas parece que a sua missão mudou, e muitos dos projectos de preservação da nossa história digital (e não só) ficaram pelo caminho.
Alguns poderão pensar que só o presente interessa, e que é um desperdício querer preservar toda a imensa história "obsoleta" do passado. Mas tal como Jorge Santayana disse: "aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo". E parece que o Google se desinteressou de nos ajudar a que isso não acontecesse.
Em 2001 o Google comprou a maior colecção de arquivos da Usenet, contendo milhões de mensagens desde 1981, e relançando-as como o seu próprio Google Groups. Um serviço que embora continue funcional, já não permite fazer pesquisas por datas (caricato, para uma empresa que se dedica à "pesquisa").
Em 2004, o Google anunciou o ambicioso projecto Google Books para digitalizar todos os livros do mundo. Também aqui temos um projecto que continua a estar online, mas onde a última entrada no seu blog é de 2012, e o seu último tweet de Fevereiro de 2013... o que já demonstra a (falta de) actividade no projecto.
Até o próprio Google Search deixou em 2011 de apresentar a vista de timeline, que permitia filtrar os resultados pela data.
É certo que o Google não perdeu a sua ambição; e actualmente volta-se para coisas como a robótica, computação quântica, automóveis autónomos e inteligência artificial - mas não deixa de ser um pouco "triste" ver que isso acontece à custa de se preservar o passado, e de outras coisas como os 20% de tempo para projectos e o Google Labs (que foi "só" responsável por coisas como o Gmail, Google Maps, e muitas outras).
E quanto a preservar o passado... ainda bem que existem projectos como o Internet Archive.
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